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“A Fábrica de Nada”, de Pedro Pinho premiada em Cannes

A FÁBRICA DE NADA DE PEDRO PINHO | CASTELO BRANCO - A história de um grupo de operários que tenta salvaguardar os seus postos de trabalho e evitar o encerramento de uma fábrica através de um sistema de autogestão colectiva. Quando se apercebem que a administração está a roubar máquinas e matérias-primas, os trabalhadores decidem organizar-se para impedir o deslocamento da produção. Como forma de retaliação, enquanto decorrem as negociações para os despedimentos, os patrões obrigam-nos a permanecer nos seus postos, sem nada que fazer. Entre o ensaio e o musical, “A Fábrica de Nada” conta com assinatura de Pedro Pinho (“Bab Sebta”, co-realizado com Frederico Lobo em 2008; “Um Fim do Mundo”, 2013; “As Cidades e as Trocas”, co-realizado com Luísa Homem, em 2014). O argumento, escrito por Pinho, Luísa Homem, Leonor Noivo e Tiago Hespanha, parte de uma ideia de Jorge Silva Melo: adaptar a peça de Judith Herzberg e fazer um musical para crianças. Apesar de Silva Melo ter desistido do projecto, Pedro Pinho resolveu transformá-lo em filme. PÚBLICO

O realizador Pedro Pinho venceu o Prémio FIPRESCI, atribuído ao melhor filme exibido na Quinzena de Realizadores do Festival de Cannes, com “A Fábrica de Nada”. O prémio FIPRESCI (Federação Internacional de Críticos de Cinema), estreado na Quinzena de Realizadores, no Festival de Cinema de Cannes, espelha mais uma vez o sucesso que o cinema português que nos últimos anos tem recebido várias distinções internacionais nos principais festivais de cinema.

“A Fábrica de Nada” teve a sua primeira exibição na secção paralela Quinzena dos Realizadores no dia 25 de Maio, com repetição no dia 26 de Maio, tendo sido recebido com uma ovação emocionada e entusiasmada, tendo merecido os elogios de Edouard Waintrop, director artístico da Quinzena dos Realizadores que afirmou que: “estamos a assistir a uma espécie de tendência mundial para o neo-realismo, o que também pode ser visto no filme português A Fábrica de Nada do realizador português Pedro Pinho, que conta a história de um grupo de trabalhadores que lutam contra a deslocalização de uma fábrica fazendo uso de uma variedade incrível de géneros cinematográficos: é praticamente um thriller no início, tornando-se íntimo, político, social, fazendo um breve desvio para a comédia musical.”

Também o secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado, que se encontra em Cannes a acompanhar o festival, considerou hoje, em Cannes que o prémio internacional atribuído ao filme “A Fábrica de Nada”, do realizador Pedro Pinho, é “a prova de mais um grande sucesso do cinema português, pelo felicito o Pedro Pinho por mais esta distinção no Festival de Cinema de Cannes. É a prova de mais um grande sucesso do cinema português, que tem recolhido este ano várias distinções. 2016 e 2017 têm sido anos de grande sucesso para o cinema português”.

Pedro Pinho foi um dos fundadores da produtora Terratreme, e actualmente trabalha como realizador, argumentista e produtor.

 

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