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O Cirque du Soleil foi ao Palácio da Ajuda

“Varekai”, espetáculo que em 2009 foi representado numa tenda de circo gigante à beira Tejo, pela companhia canadiana “Cirque du Soleil”, passou pelo Palácio Nacional da Ajuda, antes da próxima actuação no Meo Arena.

Num acontecimento pouco habitual, o Cirque du Soleil veio a Portugal sem o seu habitual aparato material e humano. De uma forma discreta, passaram por Lisboa, antes de trazerem a habitual ilha do circo canadiano e seus habitantes. Essa só chega esta semana para atuar na Meo Arena nos próximos dias.

Ícaro e a sua Prometida fizeram acrobacias nas salas que foram residência de D. Luís e D. Maria Pia, e captadas pela lente do fotógrafo Hugo Macedo.

De quinta-feira a 15 de janeiro, 50 artistas, de 19 nacionalidades, subirão ao palco da Meo Arena num espetáculo que nos leva à floresta de 300 árvores em que cai Ícaro – que antes vemos voar com as suas asas impressionantes – repleta de acrobatas, trapezistas, palhaços, sete músicos e dois cantores.

Como sempre acontece no Cirque du Soleil, tudo o que está em cena merece o olhar de quem assiste. Atente-se, por exemplo, aos figurinos, concebidos por Eiko Ishioka, a estilista e figurinista japonesa (1938-2012) que venceu um Óscar para Melhor Guarda-Roupa pelo Dracula (1992) de Francis Ford Coppola. Foram precisas 33 mil horas de trabalho para fazer aqueles mais de 600 figurinos, chapéus e outros acessórios; e 250 horas para a manutenção deles.

Quanto à escolha do Palácio da Ajuda para as fotografias, Julie diz: “É extraordinário. É um ícone de Lisboa, as pessoas reconhecem-no. Levámos algumas personagens de Varekai, como o Ícaro e a Prometida, que representam uma história de amor. Eles encontram-se e transformam-se, como o palácio fez ao longo do tempo.”

Fotos de Hugo Macedo  

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