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Companhia de Teatro de Almada apresentou programação

A Companhia de Teatro de Almada (CTA) apresentou a sua programação para o ano de 2017. Rodrigo Francisco, o diretor da companhia explicou que a mesma teve por base uma preocupação com os problemas que actualmente “envergonham”o mundo, como sejam o drama dos refugiados, as migrações em massa fugindo dos diversos conflitos armados que hoje se verificam, o crescimento da extrema direita.

O destaque da programação da Companhia de Teatro de Almada (CTA) vai para “História do Cerco de Lisboa”, a partir de José Saramago, e compreende 52 espetáculos, com 12 encenações próprias e quatro estreias, entre as quais se incluem Migrantes, um texto do dramaturgo romeno Matéi Visniec, Nathan, o sábio, do filósofo, teólogo e dramaturgo alemão Gotthold Ephrain Lessing, e As aventuras de Guinhol, sobre o texto tradicional francês do século XIX.

Todas as propostas da temporada são de qualidade “superior” segundo Rodrigo Francisco, mas destaca para além da acima citada, o espetáculo de dança do coreógrafo Wim Vandekeyus, que será exibida no palco principal do Teatro Municipal Joaquim Benite, a 24 de fevereiro. Trata-se de um espetáculo em que se reflete sobre o amor e a consciente impossibilidade de o compreender, cujo título Speak low if you speak love (Fala baixo, se falares de amor), o coreógrafo e cineasta belga foi buscar a Muito barulho por nada, de Shakespeare.

Teatro Joaquim Benite em Almada
Teatro Municipal Joaquim Benite em Almada

Outra das propostas interessantes que destaca este responsável da Companhia de Teatro de Almada (CTA) é Migrantes, do dramaturgo romeno contemporâneo Matéi Visniek, uma estreia absoluta que aborda as migrações, como “revolução da partilha”, que estará em palco de 21 a 28 de abril e de 3 a 14 de maio.

Entre as produções convidadas, a temporada integra, entre outra, a estreia de Marcha invencível, com texto e encenação de João Pedro Mamede, , do Teatro Nacional de S. João, O capuchinho vermelho, com texto e encenação de Joël Pommerat, A noite da Iguana e Jardim Zoológico de Vidro, de Tennessee Williams, pelos Artistas Unidos, e As criadas, de Jean Genet.

Rodrigo Francisco sublinha que estas iniciativas, bem como a programação deste ano do Festival de Almada, a 34.ª edição, só é possível com o investimento que a Câmara Municipal de Almada faz nesta companhia, pois sem este apoio da autarquia seria impossível montar uma temporada com 52 espetáculos, 12 dos quais da companhia residente, pois pasme-se os apoios estatais fazem com que a subvenção da companhia se situe ao nível de 1997, o que 20 anos depois é de todo incompreensível.

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