A competição do Fantasporto – Festival Internacional de Cinema do Porto abre a 24 de fevereiro com o filme “The Age of Shadows”, de Jee-woon Kim, nomeado para os Oscares, revelou hoje à Lusa a organização do evento.
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Esta “superprodução”, que foi “o maior êxito de bilheteira asiático” do 2016, passou também pela Seleção Oficial dos Festivais de Veneza e Toronto, tendo sido indicado como Melhor Filme do Festival de Filadélfia, acrescentam os promotores do Fantasporto, que em 2017 se realiza entre os dias 20 de fevereiro e 05 de março.
125 filmes inéditos de 33 países compõem a 37.ª edição do Fantas e recebe também em antestreia mundial “The Evil Within”, o “único e notável” filme do realizador Andrew Getty, falecido em 2015.
“Será mais um momento muito especial no Fantasporto”, segundo a organização.
O Fantasporto vai, ainda, receber os filmes “Neil Stryker and the Tyrant of Time”, “The Attack of the Leatherhosen Zombies”, “OMG I’m A Robot”, “The Rift”, “Seoul Station” e “Tuos”.
Relativamente aos filmes portugueses em competição, há também antestreias mundiais, nomeadamente de “A Ilha dos Cães”,”A Floresta das Almas Perdidas” e “Comboio de Sal e Açucar”.
Ainda de acordo com a organização, estreia ainda a longa-metragem “Rewind”, do português Pedro Joaquim, e o Prémio de Cinema Português “vai novamente escolher o melhor filme e a melhor escola de cinema”.
Um dos pontos altos do festival, o Prémio Carreira do Fantasporto vai ser atribuído na edição de 2017 ao cineasta Ate de Jong, que esteve no festival em 2016.
“Os seus filmes estão a ser recuperados pela Fox, o que lhes dá o estatuto de filmes-culto. Ate de Jong vai trazer ao festival a sua obra-prima ‘Drop Dead Fred’ (1991) e apresentar em pessoa o seu mais recente filme ‘Love is Thicker than Water’, um misto de imagem real e animação” que também estará em competição, acrescentou o Festival de Cinema.
Segundo a organização, “todos os filmes novos abordam o modo como o real de hoje nos afeta, nomeadamente as guerras (‘Bloodlands’, da Albânia), o drama dos migrantes (‘The Citizen’, da Hungria), a realidade das mulheres muçulmanas face ao adultério (‘Sins of the Flesh’, do Egito, produzido pelo celebrado Youssef Chahine) ou a realidade económica da Europa (o filme grego ‘Lines’)”.
A isto, somam-se “reflexões quanto à sustentabilidade do nosso futuro”, com o espanhol de ficção científica ‘ReAlive’ ou o britânico-americano ‘Division 19′”.
A crítica social à burocracia estará presente em “A Repartição do Tempo”, uma “das maiores e mais divertidas superproduções do Brasil deste ano”.
“Também em destaque está o cinema de ação de Taiwan, numa retrospetiva rara organizada oficialmente pelo Governo local de Taiwan, com verdadeiros clássicos do género inéditos em Portugal”, acrescenta a organização.
A Secção “Mini Me”, dedicada ao público infantil e pré-adolescente, é outra das novidades desta edição do Fantasporto, uma produção da Cinema Novo realizada com o apoio do ICA (Ministério da Cultura) e da Câmara Municipal do Porto.