A Semana Franco-Alemã pela Paz, que em 2018 celebra o centenário do fim da Primeira Guerra Mundial, é realizado pelas embaixadas da Alemanha e da França em Portugal, e decorre no Goethe-Institut em Lisboa, nos dias 15 e 17 de Novembro, com entrada livre.
Um debate, sob o título Filosofia e crise após a Primeira Guerra Mundial, e a exibição do filme Frantz, de François Ozon, constituem os eventos centrais desta iniciativa, debruçando-se sobre o “Zeitgeist” (espírito da época) e a sua expressão cultural, uma área pouco habitual na abordagem deste tema.
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) é considerada a catástrofe seminal do século XX, que mudou fundamentalmente a vida e o pensamento dos povos da Europa. No entanto, os abalos da guerra e consequentes atribulações dos anos 1920 constituíram também o terreno fértil para uma “explosão do pensamento”.
Qual era então o pensamento intelectual nesta década de filosofia? O que fez eclodir esta “explosão de pensamento”? Como foram recebidos os filósofos alemães (Martin Heidegger, Ludwig Wittgenstein, Walter Benjamin, Ernst Cassirer) na terra do suposto e antigo “arqui-inimigo” francês? E em Portugal, quais os filósofos que cunharam o pensamento nesses países após a Primeira Guerra Mundial?
E em que medida as teorias destes pensadores foram mobilizadas e usadas no caminho para a próxima catástrofe, a Segunda Guerra Mundial?
Estas questões serão discutidas pelo autor do livro O Tempo dos Magos. A Grande Década da Filosofia 1919 – 1929, Wolfgang Eilenberger, o professor de filosofia e perito de filosofia alemã Jean-François Courtine e pela filósofa Maria Filomena Molder, num debate moderado por Gerd Hammer, Professor da Universidade de Lisboa.
De entrada livre, o debate acontece a 15 de novembro, pelas 19h00, no Goethe-Institut em Lisboa e tem tradução simultânea em alemão, português e francês.
No sábado seguinte, a 17 de novembro, também às 19h00, é exibido o filme Frantz (FR / DE 2016, 113 min.), de François Ozon, que conta a história logo após a Primeira Guerra Mundial, de uma jovem alemã Anna, que visita todos os dias a campa do seu noivo Frantz, morto em combate. Um dia conhece Adrien, um misterioso jovem francês que também visita a campa de Frantz. A sua presença, tão repentina após a guerra, vai agitar os ânimos na cidade. FRANTZ é inspirado no filme O Homem que Eu Matei (1932), de Ernst Lubitsch.