As sugestões do Museu do Oriente para uma semana tranquila em casa, de forma a contrariar os sentimentos mais desafiantes comuns a quem enfrenta esta pandemia sem precedentes, são três actividades que promovem o auto-conhecimento, despertam os sentidos e cultivam a imaginação.
A prática da meditação surge aqui como uma forte aliada, trazendo consigo a possibilidade de nos desapegarmos da teia de pensamentos e emoções características de períodos de maior stress. O instrutor de MBSR (Mindfulness Based Stress Reduction) do Museu do Oriente, Mário Rodrigues, apresenta o Mindfulness como forma de navegar o quotidiano conturbado em plena pandemia.
Mindfulness ou “Atenção Plena” significa prestar atenção, intencional e sem julgamento, à experiência no momento presente. Ao praticarmos Mindfulness estamos a centrar a atenção para o momento presente, o único em que as decisões podem ser tomadas. Desta forma, centramo-nos no “estar aqui e agora”, em vez de em histórias passadas ou preocupações e medos futuros. Em resposta à actual situação, a prática de Mindfulness pode ajudar a sintonizar com o momento presente e a manter a calma em picos de stress, através de uma relação bondosa e compassiva para com o próprio e para com as pessoas à sua volta. O Museu do Oriente convida a experimentar a prática guiada de meditação “Navegando pela tempestade”, disponível através deste link.
Para os mais novos, a sugestão chega de Timor, com o conto tradicional “A Filha do Sol e da Lua”. Reza a lenda que Fitun Ki’ik, filha do Sol e da Lua, irmã das estrelas, viu-se separada da sua família celeste, mas na Terra viria a encontrar uma calorosa recepção…
Esta é uma de seis histórias da segunda edição de Histórias para Sonhar, um programa da Delegação da Fundação Oriente em Timor-Leste para a produção de conteúdos audiovisuais lúdico-didáticos em língua portuguesa, para exibição na televisão em Timor-Leste. Para um momento de partilha em família, “A Filha do Sol e da Lua” está disponível no YouTube (neste link), pelo grupo de contadoras de histórias Haktuir Ai-knanoik.
O Museu do Oriente lança ainda um desafio criativo, com recurso à arte japonesa da dobragem de papel. Dos modelos tradicionais ligados às oferendas nos templos budistas, às criações dos mestres modernos, o origami permite criar formas surpreendentes a partir de uma simples folha de papel.
A base de pássaro é fundamental na dobragem de vários modelos e, a formadora de origami do Museu do Oriente, Constança Arouca, partilha um tutorial em que ensina a dobrar um tsuru, ou grou, símbolo de saúde, sorte, prosperidade e longevidade, revestido de grande significado na cultura japonesa.
O Museu do Oriente vai coligir uma galeria de imagens de trabalhos do público, por isso, quem quiser partilhar o seu, basta marcar a publicação com @museudooriente ou enviar por mensagem privada para o Museu do Oriente (os trabalhos serão identificados apenas com primeiro nome e inicial do sobrenome, ou apenas iniciais dos autores).
As sugestões do Museu do Oriente podem ser vistas aqui.