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Milo Manara associa-se este ano à Festa do Cinema Italiano na criação da imagem da sua 10ª edição

Milo Manara, um dos grandes nomes da ilustração italiana, mundialmente reconhecido pelo universo sensual e erótico que as suas imagens conseguiram criar em mais de 40 anos de carreira, associa-se este ano à Festa do Cinema Italiano na criação da imagem da sua 10ª edição.

O cartaz da 10ª Festa do Cinema Italiano foi criado a partir de uma ilustração que Milo Manara cedeu ao festival, um trabalho inspirado numa das obras primas de Federico Fellini, La città delle donne (A Cidade das Mulheres, 1980).

Este autor de BD e ilustrador italiano esteve intimamente ligado ao icónico realizador italiano, desde os anos 80, por uma mútua admiração profissional que acabou por se estender à esfera pessoal. A obra de Manara está repleta de referências à obra do realizador, tendo desenhado cenários e ambientes de filmes de Fellini, desenvolvido imagens e narrativas de argumentos escritos pelo realizador e nunca realizados (Viagem a Tulum, 1998), e criado cartazes para os seus filmes (Entrevista, 1987 eVoz da Lua, 1987).

Por ocasião do 10º aniversário, o festival promove ainda um rebranding da marca institucional, deixando cair a designação “8 ½” antes de “Festa do Cinema Italiano”, redefinindo a font e o comportamento do seu logótipo. No entanto, a ligação do projeto com o mundo cinematográfico de Fellini permanece ao nível do imaginário e da sua identidade mais subtil. Com esta mudança, procurou-se ampliar o espectro de público alcançado e comunicar com diferentes perfis, de um modo mais eficaz e imediato.

O destaque desta edição vai para a cidade de Nápoles, que vai percorrer todas as áreas do Festival, onde será mostrada a cultura de um dos lugares mais icónicos do mundo, seja através do cinema, da música, da gastronomia ou da literatura, com um olhar sobre o fenómeno literário Elena Ferrante.

Por ocasião do centenário do seu nascimento, este certame dedicará uma homenagem a Dino Risi, um dos grandes nomes do cinema italiano que deu a conhecer a “comédia à italiana” ao mundo inteiro. O momento certo para ver ou rever clássicos intemporais como Il Sorpasso (A Ultrapassagem), I Mostri (Os Monstros) ou Profumo di donna (Perfume de Mulher).

Sendo esta também uma edição de celebração, depois 10 anos de actividade, julgou-se o momento ideal para efetuar esta operação que assinala alguma maturidade e a definitiva consolidação do projeto.

Reforçando o caráter festivo desta edição, Almada junta-se agora às, já anunciadas, cidades – de Lisboa, Porto, Coimbra e Setúbal – recebendo a Festa no Fórum Municipal Romeu Correia, nos dias 5, 9 e 12 de abril.

De 5 a 13 de abril serão, por isso, cinco as cidades portuguesas que, simultaneamente, celebram a 10ª Festa do Cinema Italiano.

Fonte: Helena César – Assessora de Imprensa

KINO 2017 ABRE NO DIA 19 DE JANEIRO

A partir da próxima quinta-feira, dia 19 de janeiro, e até ao dia 3 de fevereiro, a 14.ª edição da KINO – Mostra de Cinema de Expressão Alemã, uma iniciativa do Goethe-Institut, apresenta as mais recentes produções cinematográficas dos países de língua alemã. Em Lisboa, Coimbra e Porto, serão exibidas um total de 18 longas-metragens e duas sessões de curtas-metragens. Para além de produções alemãs (entre as quais se encontram várias coproduções com outros países), a KINO 2017 conta com três produções austríacas, um filme suíço e uma produção do Luxemburgo. As sessões são apresentadas pelas Embaixadas dos respetivos países.

Fukushima, meu amor  © Majestic Hanno Lentz
Fukushima, meu amor © Majestic Hanno Lentz

Na sessão de abertura, a 19 de janeiro, a KINO 2017 apresenta o filme Fukushima, meu amor, de Doris Dörrie. A mais recente obra da realizadora alemã, que estará presente na sessão, teve a sua estreia na secção Panorama da Berlinale – Festival Internacional de Cinema de Berlim, em 2016. Fukushima, meu amor é um filme atual, tendo lugar no centro do acidente na central nuclear em 2011, mas também intemporal e universal na medida em que aborda a necessidade de partir e dar continuidade à vida. Com um olhar sensível, contemplativo e por vezes até cómico, Doris Dörrie conta a história de Marie, uma jovem alemã que viaja para o Japão numa tentativa de fuga de sonhos desfeitos, para se associar a uma organização de ajuda às vítimas da catástrofe. Antes de regressar a casa, Marie conhece Satomi, a última geisha de Fukushima, que decide à viva força regressar à sua casa destruída, no perímetro da zona de exclusão. Ao longo dessa viagem, as mulheres aproximam-se, sendo ambas confrontadas com os fantasmas do passado.

Stefan Zweig – Adeus, Europa © Alambique
Stefan Zweig – Adeus, Europa © Alambique

Na sessão de encerramento da Kino 2017, no dia 24 de janeiro, no Cinema São Jorge, em Lisboa, será exibido o filme Stefan Zweig – Adeus, Europa, de Maria Schrader. A realizadora e o coautor do guião, Jan Schomburg, estarão presentes nesta sessão que é apresentada em colaboração com a Embaixada da Áustria e a Alambique Filmes. À semelhança do filme de abertura, estamos perante uma produção europeia, mas que leva o espetador numa viagem para fora do espaço europeu.

Stefan Zweig – Adeus, Europa narra episódios da vida de Stefan Zweig no exílio. No auge da sua fama mundial, o escritor austríaco é obrigado a emigrar e desespera perante a consciência do ocaso da Europa, que já previra precocemente. Rio de Janeiro, Buenos Aires, Nova Iorque e Petrópolis são quatro estações do exílio de Stefan Zweig que, apesar do refúgio seguro, do acolhimento hospitaleiro e da natureza tropical fascinante, não tem paz e não encontra ali substitutos para a pátria. Um filme histórico e belo, sobre a vida de um grande escritor e, simultaneamente, sobre um tempo em que a Europa estava em fuga.

A sua estreia nas salas de cinema nacionais está marcada para o dia 23 de fevereiro, assinalando a data da morte do autor.

Um de nós © Little Dream Entertainment
Um de nós © Little Dream Entertainment

Para além das mais aclamadas e recentes produções cinematográficas, em 2017 a KINO – Mostra de Cinema de Expressão Alemã volta a destacar a linha programática Novas Perspetivas, criada na edição passada com o objetivo de dar a conhecer as primeiras obras de jovens realizadores. Este foco é transversal a todas as secções, estando presente em todos os géneros e formatos apresentados na Mostra, da ficção ao documentário e das curtas às longas metragens. Na Mostra Principal, destacam-se os filmes Um de Nós, do realizador Stephan Richter, apresentado pela Embaixada da Áustria, Aloys, de Tobias Nölle, que venceu o prémio FIPRESCI da secção Panorama em Berlim e que é apresentado pela Embaixada da Suíça, e Babai, do kosovar Visar Morina, que é apresentado no Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra, e que foi eleito pelo Kosovo como candidato para Melhor Filme de Língua Estrangeira nos Óscares de 2016.

Lisboa, 19 – 24 de janeiro | Cinema São Jorge | Goethe-Institut
Porto, 26 – 29 de janeiro | Teatro Municipal Rivoli | Cinema Passos Manuel
Coimbra, 01 – 03 de fevereiro | Teatro Académico Gil Vicente

KINO 2017
KINO 2017

Fonte: Press Goethe-Institut

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