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TREMOR 2022 COM 24 NOVOS NOMES NO CARTAZ

Cartaz do Tremor 2022 anuncia vinte e quatro novos nomes que se juntam, àquela que será a proposta de concertos e clubbing do festival localizado em São Miguel no Açores.

A ter lugar entre os dias 5 e 9 de abril de 2022, a experiência musical regressa, este ano, ao formato normal, com um alinhamento que percorrerá diferentes salas e espaços naturais da ilha, num esforço de criação de novos diálogos entre o território e as artes que congrega residências de criação, estreias nacionais e novos discos.

NOMES INTERNACIONAIS

Começar pelos nomes internacionais que voltam a medir o pulso a movimentos emergentes e às múltiplas identidades que tecem hoje o discurso artístico global. De Berlim abraçamos o folk futurista de Lyra Pramuk e uma música que funde vocalismo clássico, sensibilidades pop, práticas performativas e cultura clubbing contemporânea. Ainda em solo europeu, redescobrimos os espaços do post-punk e as suas novas leituras na música dos holandeses Baby’s Bersek e criamos espaço para as recontextualização que a dupla Cocanha tem vindo a fazer em torno do Occitano, a língua oficial da Catalunha Francesa, e das tradições da sua região. Num cartaz que se faz a muitas vozes, proposta de descoberta para: os quenianos Duma, dupla de noise-grindcore composta Martin Khanja e Sam Karugu, dois dos artistas no epicentro de uma nova onda de música a nascer nos centros urbanos de África; e para TootArd, banda de rock nascida nos Montes Golã, a conglomerar influências da psicadelia, da música tuareg e do reggae. Feminista, emancipado e progressivo, assim é o trabalho da marroquina (radicada en Barcelona) Ikram Bouloum, mulher de identidade muliversa, canta na sua língua materna, o Amazigh, em inglês e em catalão.

Estiveram anunciados no cartaz de 2021 do festival, mas um contratempo adiou a sua estreia nos Açores, os MadMadMad voltam ao alinhamento este ano e são uma das propostas que estão nas intersecções entre o concerto e o clubbing. Espaço este a ser ocupado também pela portuguesa Caroline Lethô, nome que se tem vindo a destacar tanto como produtora como dj na cena electrónica lisboeta.

NOMES NACIONAIS

No plano nacional, partimos de discos para falarmos de bandas. Vozes, Antenas, Fragas (2021) apresentou-nos aos novelos sonoros dos Montes de Kauê Gindri e Arianna Casellas; Xando (2021) à forma como As Docinhas rasgam as fronteiras entre o punk, o pimba ou fado; Cisma (2021) voltou-nos a trazer até ao pop pintado a insularidade dos açorianos We SeaFree Development of Delirium (2021) aos novos espaços de incerteza e desconforto na música dos The Rite of Trio, e Meia Riba Kalxa (2020) a selar a urgência das ilustrações cantadas por Tristany sobre as realidades inviabilizadas, marginalizadas e romantizadas que marcam a comunidade onde vive.

Confirmada no Tremor 2022 em abril está também a Trypas-Corassão, um projeto estético-artístico-político, que propõe uma criação híbrida de teatro-música-performance pelas mãos da performer e atriz Tita Maravilha Ágatha Barbosa, a.k.a. DJ Cigarra.

O fecho do anúncio de hoje cabe àqueles que fecharão todas as noites do festival, numa plural conjugação de festas, produtores e djs. Do Porto, chega a Kebraku com proposta de ritmos dançantes, transantes e rebolantes pelas mãos de Farofa e O Gringo Sou EU; ainda no Porto, mais especificamente Bonfim, a recém criada dupla OMNE; de Lisboa uma especial da Príncipe com DJ Firmeza, DJ Danifox e instalação de Márcio Matos e, do Uganda, um showcase da editora Nyege Nyege com Catu DiosisDe Schuurman e MCZo & Duke.

Os novos nomes juntam-se aos já anunciados concertos de Alabaster Deplume, Bitchin Bajas plays ‘Switched on Ra’, Jonathan, L’Eclair, Maria Reis, Rodrigo Amarante, Sessa, Taqbir e Victoria. Para este ano o Tremor organizará ainda cinco residências de criação que vão propor igual número de espectáculos inéditos: Associação de Surdos da Ilha de São Miguel + ondamarela + Coral de São; Atlas – São Miguel; Ece Canlı + Odete; Orquestra Modular Açoriana e Peter Evans + Rodrigo Amado + Escola de Música de Rabo de Peixe. O Tremor anunciará mais espaços de programação ainda este mês.

ARTISTAS ANUNCIADOS TREMOR 2022
Alabaster Deplume
Baby’s Bersek
Bitchin Bajas plays ‘Switched on Ra’
Caroline Lethô
Cocanha
Duma
As Docinhas
Ikram Bouloum
Jonathan
Kebraku apresenta Farofa + O Gringo sou EU
L’Eclair
Lyra Pramuk
MadMadMad
Maria Reis
Montes
Nyege Nyege apresenta: Catu Diosis, De Schuurman & MCZo & Duke
OMNE
Príncipe apresenta DJ Firmeza, DJ Danifox e instalação de Márcio Matos
The Rite of Trio
Rodrigo Amarante
Sessa
Taqbir
TootArd
Tristany
Trypas-corassão: Tita Maravilha e Cigarra
Victoria
We Sea

ARTISTAS EM RESIDÊNCIA
ASISM + Ondamarela + Coral de São José
Atlas – São Miguel
Ece Canlı + Odete
OMA – Orquestra Modular Açoriana
Peter Evans + Rodrigo Amado + Escola de Música de Rabo de Peixe

Os bilhetes para o festival custam 60 euros e podem ser adquiridos em bol.pt. Mais informações podem ser consultadas aqui.

FESTIVAL TREMOR ANUNCIA 18 NOMES PARA O CARTAZ DE 2020

O Festival Tremor, anunciou hoje, 18 nomes que vão compor o cartaz da edição de 2020. A ter lugar entre os dias 31 de Março e 4 de Abril, o festival açoriano volta a ter como ponto central a ilha de São Miguel, propondo uma experiência que, ao longo de 5 dias, integra concertos em salas e natureza, residências artísticas, performances surpresa e o diálogo entre artistas locais e convidados, música e outras formas de arte.

Juana Molina, Kathryn Joseph, Föllakzoid, Gabber Modus OperandiLarry GusMadMadMadMC Yallah & DebmasterPeladaRomero MartínSessa e Vanishing Twin são os nomes internacionais confirmados hoje, aos quais se juntam também os nacionais Lena D’ÁguaSolar CoronaAngélica SalviConferência Inferno e Dirty Coal Train. O anúncio de hoje do Festival Tremor fecha as contas com os açorianos Lil Kyra e In Peccatvm, estando reservadas para os próximos meses novas confirmações.

Foi um dos grandes regressos da música nacional deste ano. Depois de integrar um sem número de projectos, do rock ao jazz, de se encontrar no palco com a nova geração da música portuguesa, Lena D’Água entrou em 2019 disposta a dar corpo a uma grande festa. Desalmadamente chegou aos escaparates em Maio, trinta anos depois de Tu Aqui, o último disco em nome próprio. Ao lado da sua nova banda nuclear (construída no esqueleto dos They’re Heading West), João Correia, Mariana Ricardo, Francisca Cortesão e Sérgio Nascimento, e com dedo de produção de Benjamin, o novo disco lança as pistas para um novo olhar sobre a carreira de Lena.

O Festival Tremor, anunciou hoje, 18 nomes que vão compor o cartaz da edição de 2020. A ter lugar entre os dias 31 de Março e 4 de Abril, o festival açoriano volta a ter como ponto central a ilha de São Miguel, propondo uma experiência que, ao longo de 5 dias, integra concertos em salas e natureza, residências artísticas, performances surpresa e o diálogo entre artistas locais e convidados, música e outras formas de arte.
Lena D’Água no Festival Tremor 2020

As dez canções, compostas por Pedro da Silva Martins dos Deolinda, dessamarram-se de nostalgias e desafiam-nos, sem medo, à (re)descoberta de uma das mais importantes vozes da música portuguesa das últimas décadas. É também um dos mais interessantes registos de 2019. Phantone, álbum de estreia de Angélica Salvi, é um resumo inquestionável para a habilidade única que a artista espanhola (a residir no Porto desde 2011) tem para comunicar e se expressar livremente através da harpa. Gravado durante o Encontrarte de Amares, no Mosteiro de Rendufe, o registo procura a liberdade sonora e de como o som pode habitar um espaço com diferentes camadas e alusões a diversas caminhos.

O Festival Tremor, anunciou hoje, 18 nomes que vão compor o cartaz da edição de 2020. A ter lugar entre os dias 31 de Março e 4 de Abril, o festival açoriano volta a ter como ponto central a ilha de São Miguel, propondo uma experiência que, ao longo de 5 dias, integra concertos em salas e natureza, residências artísticas, performances surpresa e o diálogo entre artistas locais e convidados, música e outras formas de arte.
Angélica Salvi – © Foto de Renato Cruz

Ainda no universo da música que explora a rara simplicidade, estreia nacional para Juana Molina Sessa, dois dos mais interessantes músicos da actualidade da América Latina, e de Kathryn Joseph, cantora e compositora escocesa que a imprensa internacional tem comparado a nomes como Joanna Newson, Björk ou Anohni, galardoada com o Scottish Album of the Year.

O Festival Tremor, anunciou hoje, 18 nomes que vão compor o cartaz da edição de 2020. A ter lugar entre os dias 31 de Março e 4 de Abril, o festival açoriano volta a ter como ponto central a ilha de São Miguel, propondo uma experiência que, ao longo de 5 dias, integra concertos em salas e natureza, residências artísticas, performances surpresa e o diálogo entre artistas locais e convidados, música e outras formas de arte.
Juana Molina

Kathryn Joseph

Culturas em colisão ou música em corrida rumo à demência, será mais ou menos por aqui que encontraremos o quarteirão ocupado por estes Gabber Modus Operandi. Nascidos de uma Indonésia de espartilhos muçulmanos, carregada pela história longa de domínios colonialistas, fustigada pelas heranças de dois líderes autoritários, a música que fazem não está pronta para se aninhar debaixo de qualquer rótulo. Ritmos alucinantes, debitados à velocidade do gabber, correm debaixo de melodias que ressoam a dinâmicas de festas rave.

Foi também na cena underground, desta feita em Montreal, que o duo Chris Vargas e Tobias Rochman começou a crescer. Algures entre a diversidade de propostas que habitam as festas e raves nas partes mais escondidas da cidade, actuaram ao lado de djs, punks e os mais experimentais performers da electrónica. Quando editaram Movimiento para Cambio, o longa duração de estreia sobre o alias de Pelada, já não havia travão para o que construíram. Aqui a música é um mecanismo vivo atento ao ethos moral e político da dupla. Vargas a debitar ideias de poder, identidade, vigilância e justiça ambiental, sob o manto quente das misturas de sintetizadores, breakbeats e ritmos em contraste de Rochman. Nestes dez temas há, assim, espaço para as mulheres, para a não binariedade, para a liberdade sexual e de género, para falar de violência (física e sexual) ou para prestar atenção ao olho do “Grande Irmão” criado pela big data. Música em busca de libertação sumarizada neste cartaz também com o trabalho de MadMadMad, dupla que tem vindo a usar a música como espaço para lidar com as suas alienações pessoais e a desordem mental da sociedade que os rodeia, e do quarteto Vanishing Twin, projecto nascido em Londres com músicos de quatro países diferentes, que presta olhar atento às incertezas criadas pelo populismo crescente no velho continente e se assume como uma banda sonora para aqueles que acreditam no sonho plurista. Fechar as contas com a estreia em Portugal, de Subservient, o mais recente disco do grego Larry Gus editado via DFA Records, que recapitula a sua vida enquanto pai, marido, artista e humano, num país ainda a apagar os fogos da sua mais mediática crise económica.

Por esta altura, tornou-se natural assumir que a água de Barcelos tem qualquer coisa de especial. Embora não saibamos o quê ao certo, verdade seja dita que o que tem feito pelo rock deste país é admirável. Os Solar Corona nasceram desse borbulhar criativo de uma cidade que mostra como se escreve rock com linha tortas. Passam pelos Açores com disco novo, Lightning One, uma viagem no topo, que transcreve numa só imagem a imensidão de estradas psicadélico-trópicas que se fundem no colectivo. Também com disco novo, regresso a Portugal do quarteto Föllakzoid com III, novo capítulo para o “cozinhado lento” que o colectivo andino tem vindo a aprimorar entre música de dança, trance e o krautrock. As despesas rock do cartaz deste ano do Tremor são assumidas ainda pelo duo Dirty Coal Train e a dupla Conferência Inferno.

Atento à produção contemporânea local, o  Festival Tremor 2020 reservará novamente espaço especial para a criação local. Este ano, a escolha dos projectos musicais açorianos a serem apresentados está a cargo de Diogo Lima, realizador local. Hoje anunciamos os dois primeiros nomes, no hip hop, o brasileiro radicado nos Açores Lil Kyra, no metal, In Peccatvm, um instituição do doom do arquipélago.

Os bilhetes para a sétima edição do Tremor já se encontram à venda na BOL, FNAC, Worten, CTT e La Bamba Bazar Store Ponta Delgada por 50 euros.

A programação poderá ser consultada aqui e os bilhetes adquiridos aqui.

CERVEJA SAGRES BRINDA AO TALENTO PORTUGUÊS NO FESTIVAL RTP ANDAMENTO

A Cerveja Sagres é a mais recente confirmação do Festival RTP Andamento, a realizar-se no dia 15 de setembro, nos jardins da Alameda Dom Afonso Henriques, em Lisboa, num reforço da ligação da marca à cultura e aos artistas nacionais, celebrando e promovendo o talento nacional.

A Cerveja Sagres leva ainda mais portugalidade a este Festival ao desafiar jovens artistas nacionais a criarem uma instalação de arte única feita com grades de Cerveja Sagres, que estará exposta nos jardins da Alameda e que pretende enaltecer e promover a arte e os jovens artistas, ao som da melhor música que se faz em Portugal.

A 1.ª edição do Festival RTP Andamento está prestes a começar e vai contar com a participação de Xana Toc Toc, BMRNG, Dillaz, Selma Uamusse, Salvador Sobral, António Zambujo e Pedro Abrunhosa, e terá transmissão em directo para todo o país através de vários canais do universo RTP. De entrada gratuita, todos vão poder desfrutar de doze horas de concertos únicos e de novos momentos de convívio.

Com esta associação, a Sagres vem reforçar a sua proximidade e ligação emocional à música portuguesa e a todos os seus fãs, salientando os valores de portugalidade tão presentes no seu ADN, e proporcionando ainda momentos únicos de partilha e celebração da música portuguesa.

www.facebook.com/rtp1.pt/videos/944216682609916/

PROENÇA-A-NOVA ROCK FEST TEM INÍCIO NO DIA 29 DE JUNHO

O Proença-a-Nova Rock Fest 2018 abre com o concerto de O Gajo na Galeria Municipal, sexta-feira, dia 29 de junho. No dia 30 de junho, apenas a partir das 21:00 (uma vez que a anteceder este espetáculo será exibido em ecrã gigante o jogo de Portugal com o Uruguai) no Parque Urbano é a vez de atuarem os The Parkinsons, Sam Alone & The Gravediggers, DaPunkSportif e The Twist Connection. São estas as bandas que compõem o cartaz da segunda edição do Proença-a-Nova Rock Fest, um festival 100% Rock cujo objetivo é também descentralizar os eventos dos grandes centros urbanos, promovendo o interior.

O Proença-a-Nova Rock Fest mantém a sua vertente solidária, havendo o sorteio de uma guitarra O Proença-a-Nova Rock Fest mantém a sua vertente solidária e este ano será feito um sorteio de uma guitarra elétrica Fender, ficando habilitado a este magnífico prémio quem comprar um eco copo no recinto do evento. O valor da venda dos copos reverterá na totalidade para os Bombeiros Voluntários de Proença-a-Nova.

O festival tem entrada livre, pelo que é uma excelente oportunidade para ir até Proença-a-Nova assistir a um fantástico espetáculo rock e já agora visitar a exposição de fotografia Luso Rock de Cameraman Metalico. António Francisco Melão mais conhecido no meio musical como CAMERAMAN METALICO, tem 63 anos (23/03/55) nasceu em Serpa no Alentejo, cresceu em Almada e vive agora no Seixal.

O seu percurso na fotografia de espectáculos começou no Diário Popular em 1989, depois passou por jornais e revistas como o Diário do Alentejo, A Capital, Correio da Manhã, Blitz, SE7E, Raio X, Promúsica, Super Som, Rock Power, Rock Sound e ainda as magazines espanholas Heavy Rock e Kerrang!

A exposição que nos vai mostrar nos das 29 e 30 de Junho são imagens de músicos portugueses ao longo da sua carreira de 32 anos de concertos. A técnica utilizada é maioritariamente velocidades de obturação baixas e flash.

www.facebook.com/1078383805626057/videos/1323457041118731/

Vídeo da edição de 2017

www.facebook.com/1078383805626057/videos/1324596591004776/

NOVA BATIDA: ESTÁ FECHADO O CARTAZ DE ACTUAÇÕES

O cartaz da primeira edição do NOVA BATIDA está fechado. Little Dragon, Seun Kuti, Peanut Butter Wolf, os portugueses Riot e Blaya (Buraca Som Sistema) e Octa Push são alguns dos nomes que fecham assim o cartaz para a primeira edição do novo festival lisboeta, marcado para os dias 14 e 15 de Setembro, reforçando assim a aposta em alguns dos mais interessantes projectos da música de dança, hip hop e electrónica à escala mundial. A ter lugar entre o LX Factory e o Village Underground, o evento contará com mais de vinte actuações e um cartaz de actividades complementares que prometem juntar música, arte, cultura e lifestyle.

Desde o disco de estreia homónimo que os suecos Little Dragon se assumiram como embaixadores de alguma da melhor pop-rock-electrónica que a Europa produz aos nossos dias. Voltam a Portugal com novo disco na carteira, Season High, editado com selo Loma Vista Recordings, novo capítulo de sucesso nos mais de vinte anos de carreira destes embaixadores do synth-pop atmosférico. Filho mais novo do lendário Fela Kuti, Seun Kuti assumiu, em tenra idade, a responsabilidade de dar seguimentos aos trabalho político e social iniciado pela música do pai. Com apenas 14 anos já era a voz principal dos Egypt 80, veículo através do qual explorou, de forma cada vez mais singular, a história e cultura africana. Com o tempo, haveria de levar o legado deixado por Fela a novos caminhos, menos direccionados para os poderes políticos, mas mais centrado na educação e mobilização da sua audiência e, aí, conquistando a sua própria identidade. É de história que se fala também com Peanut Butter Wolf. Um dos nomes da primeira linha da Stones Throw Records, meca de edição mundial, responsável por nos apresentar nomes como Madlib, J Dilla, Quasimoto, Madvillain, Dam-Funk ou Anderson .Paak (apenas para mencionar alguns). Voraz coleccionador de discos, começou a produzir beats nos anos 80, ao mesmo tempo que alimentava a sua paixão por descobrir novos talentos. Com olhar clínico para o ecletismo passeia pelo rap, folk ou funk, montando, como poucos, uma actuação ao vivo que conecta vinil e visuais de arquivo. Ciclo de nomes em destaque fechado com Camila Fuchs, o duo, composto por Camila de Laborde e Daniel Hermann-Collini. Cruzando electrónica com melodias desconstruídas, filtram as emoções por entre as paisagens nublosas da sua música.

Atenção ainda para as confirmações nacionais: Riot e Blaya (Buraka Som Sistema) e Octa Push. A lista fica fechada com o ecletismo de Howsons Groove, o espírito globethrotter de Izem, as inscursões na música de dança com raízes etnográficas de Afriquoi Djset, Fiesta Bombarda e La Flama Blanca, os graves artesanais dos Simply Rockers Soundsystem, e as actuações de Miki Mak, Yazmin Lacey, Stamp The Wax Djs, Mafalda e Tuckshop Djs.

Na sua primeira edição, o line-up do Nova Batida juntará, assim, alguns dos melhores talentos internacionais passando por novos, excitantes e diversos géneros musicais. Os nomes agora avançados juntam-se aos já públicos: Mount Kimbie, Maribou State, Gilles Peterson, George Fitzgerald, Max Cooper, MNDSGN, Anchorsong, Connie Constance, Lefto, Rita Maia, Owiny Sigoma Sound System, DJ Marfox.

Além da música o evento promoverá aulas de surf e yoga e outras animações de rua numa proposta alargada que pretende ser também um roteiro de apresentação para a cidade de Lisboa e as suas múltiplas comunidades e dimensões.

ORBITS 2018 NO PARQUE DE CAMPISMO DE SÃO GIÃO

ORBITS 2018, vai decorrer entre os dias 22 e 24 de Junho, vai ter lugar no Parque de Campismo de S. Gião – Oliveira do Hospital. Será a primeira edição deste festival, que mais do que um festival, pretende ser um espaço de encontro, uma experiência mobilizadora e universal para exploradores dos tempos modernos.

Centrado numa programação musical direcionada para o techno e suas diversas vertentes, o evento abrangerá ainda a electrónica ambiental e experimental, artes visuais, instalações, performances, cenografia, e outras áreas artísticas, numa experiência integrada entre público, comunidade local e natureza.

Este festival dá sequência ao trabalho efectuado de há um ano a esta parte pelo Gare Club [Porto] através das sessões Orbits Gare, juntando agora uma série de artistas que são da maior relevância e pertinência apresentar neste contexto. Da primeira vaga de nomes fazem parte: A Sacred Geometry, Aurora Halal, Blind Observatory , Burnt Friedman, Dj Deep, Evigt Mörker, Fjäder, Hydrangea, Jane Fitz, Peter Van Hoesen, re:ni, Retina.it e Wata Igarashi.

Num cenário idílico onde pontificam as árvores de grande porte e uma praia fluvial, o festival vai dispor de duas áreas musicais, uma área de campismo com respectivas infraestruturas, parque de automóveis e caravanas, e uma área de restauração variada que inclui alimentação biológica e produtos locais. A preocupação ecológica assume-se como pilar deste encontro . A preocupação em deixar a menor pegada possível, reflecte-se nos materiais de construção utilizados, na escolha de casas de banho de composto, copos reembolsáveis, comunicação, entre outros. Dada da distância dos principais centros urbanos nacionais [Lisboa e Porto] e a previsível grande
afluência de público internacional, o festival coloca à disposição um serviço de transporte entre os aeroportos e o local do evento, bem como entre Oliveira do Hospital e o parque de campismo de S. Gião.

A tragédia dos incêndios de 2017 que fustigou toda a área florestal do concelho de Oliveira do Hospital, não é indiferente à organização do ORBITS 2018, ficando a promessa que serão desenvolvidas acções que apoiem a reflorestação da zona envolvente ao parque de campismo de S. Gião, com a ajuda de todos os participantes.

Os bilhetes para o ORBITS 2018 podem ser adquiridos aqui.

 

TREMOR 2018 – MAIS UMA MÃO CHEIA DE CONFIRMAÇÕES

O Tremor 2018 apresenta mais uma mão cheia de confirmações para a edição deste ano do Festival. Da residência artística do rapper Mykki Blanco, que passa por São Miguel com objectivo de criar novas músicas, até ao espectáculo audiovisual de Aïsha Devi e Emile Barret, são cinco as novidades no cartaz de concertos desta quinta edição do Tremor. A estreia absoluta de Mal Devisa, projecto a solo de Deja Carr, neta do músico de jazz nova-iorquino Bruno Carr, e os regressos de Miss Red e Baby Dee, desta feita a solo e com concertos em nome próprio, completam a terceira leva de anúncios do festival açoriano.

O Tremor regressa ao arquipélago entre os dias 20 e 24 de Março, novamente com uma rota de actividades culturais que prometem um diálogo contínuo e diverso com a paisagem.

Quando, em 2010, Quattlebaum lançava os seus No Fear, projecto ligado ao punk industrial, poucos conseguiriam prever que, anos depois, se assumiria como uma das figuras líderes do que o próprio apelida de “riot grrrl rap”. De um vídeo à liderança de um movimento catalogado mediaticamente como queer hip hop, o espaço que Mykki Blanco conquistou é terra fértil no questionamento do universo simbólico de um género marcado por ideias de machismo e violência. Polémico, provocador e inesperado, rapper, artista e performer, Mykki é sinónimo de transgressão no desafio aos temas e às imagens do rap como o conhecemos, trazendo-lhe novos contornos sonoramente mais próximos da electrónica e rebatendo preconceitos e conceitos de identidade. Nesta estreia em território açoriano, Mykki fará uma residência de criação que servirá para compor alguns dos temas do próximo disco.

Não há texto sobre Aïsha Devi que deva começar sem referência à Danse Noire, editora santuário, fundada pela própria, e que tem vindo a explorar o espaço abstracto do techno e da música de dança. É sob este selo que Devi tem transmutado a sua herança nepaleso-tibetana em electrónica que aspira a ser pura meditação. Desde o lançamento de Of Matter And Spirit que acompanhamos esta viagem espiritual pelas suas origens, onde os mantras pop que produz nos desafiam a descobrir o não visível, balanceando-nos entre paisagens sonoras industriais e ritmos dançantes. Numa resposta ao desafio lançado pelo Tremor, Devi volta a juntar-se a Emile Barret, num espectáculo multidimensional onde música e imagem se encontram.

A voz de Deja Carr é uma força da natureza, um instrumento de rara amplitude embebido numa espécie de empatia universal intrínseca, que remete tanto a Nina Simone, como a Billie Holliday. Cresceu entre o Bronx e a cidade de Amherst, num percurso pessoal que parece ter-lhe desenhado o enquadramento intelectual com que olha o mundo. Com densidade lírica pousada em instrumentação escassa, Carr é, ao mesmo tempo, a voz de uma cidade pequena e uma lâmina que escalpeliza os problemas sociais de comunidades fracturadas. Com Kiid, disco de estreia editado com o alter ego Mal Devisa, Carr ganhou a atenção de meios como Stereogum e Pitchfork como disco do ano, ao acordar-nos para músicas que têm a amplitude recursiva do jazz, do hip hop e do blues.

Há um atrevimento latente em qualquer aparição de Miss Red. Ficou conhecida quando, em 2011, “roubou o palco” ao mítico produtor The Bug durante um concerto em Tel Aviv. Nessa altura, já era um membro dos East Rider, a crew de profetas do reggae responsável por grande parte das movimentações em torno dos sound systems por todo Israel. Diss Mi Army, lançado com The Bug, em 2012, sob protecção discográfica da Ninja Tune, foi o bilhete de avião para a conquista mundial e para os amores públicos de nomes como Andy Stott ou Evian Christ. Nos últimos cinco anos, tem cruzado o globo ao lado de Kevin Martin ou com os seus 3421.

Estreou-se nos palcos nacionais no âmbito da última tour mundial dos Swans, num espectáculo que teve tanto de excêntrico como de desconcertante. No currículo, lêem-se colaborações com instituições musicais como Antony Hegarty, Current 93, Little Annie, Will Oldham ou Andrew W.K., que lhe granjearam o epíteto de ser uma das mais interessantes descobertas musicais da última década. Cantautora com formação clássica, Baby Dee é uma espécie de lenda do underground nova-iorquino no universo transgénero, juntando, num mesmo palco, o virtuosismo do entretenimento circense com um extraordinário talento na interpretação de piano, acordeão e harpa.

Oito artistas portugueses vão atuar no festival SXSW nos EUA

A música portuguesa encontra-se em evidência e grande dinamismo neste início de ano, e depois da presença em significativo número no Eurosonic que se encontra a decorrer em Groningen na Holanda, onde Portugal é precisamente o país em destaque, os The Gift, DJ Ride e Throes + The Shine são três dos oito artistas e grupos portugueses que vão estar em março no festival SXSW – South By Southwest, no Texas, EUA, dedicado ao mercado da música, cinema e tecnologias digitais.

A programação agora divulgada a que a Coolture teve acesso, vai registar a presença de cerca de 500 artistas internacionais selecionados e nesse número há oito nomes portugueses que vão atuar neste importante festival SXSW, de 10 a 19 de março: Da Chick, :papercutz, DJ Ride, Moullinex, Throes + The Shine, Xinobi e We Bless This Mess, além dos The Gift, os únicos que já tinham sido anunciados e cuja primeira presença neste festival remonta já ao ano de 2001.

the-gift

O SXSW, cuja primeira edição se realizou em 1987, é um festival anual que ocupa praticamente toda a cidade de Austin, com conferências, debates, cinema, apresentações (‘pitching’) de novas empresas (‘startups’) e dezenas de concertos em simultâneo, para uma audiência que integra público anónimo, mas sobretudo figuras da indústria criativa, promotores, editores e agentes.

Video – You Tube SXSW

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