David Bowie morreu há um ano. Depois das inúmeras homenagens feitas ao lendário cantor através de cinema, debates, concertos, reedições discográficas e exposições, Lisboa também o vai recordar.
Com uma carreira extraordinária que abriu caminhos no glam rock, no rock alternativo, na música eletrónica, na moda e nas artes visuais, David Bowie teve várias vidas, de Ziggy Stardust a Thin White Duke, mas morreu a 10 de janeiro de 2016, dois dias depois de ter completado 69 anos e de ter editado o disco “Blackstar”. Então Tony Visconti, o produtor musical norte-americano afirmou que a morte do músico não foi diferente da vida, “foi uma obra de arte”, tendo-se então percebido que “Blackstar” o seu último disco havia funcionado como uma carta de despedida. Acabou por ser considerado como um dos melhores álbuns do ano.
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Tão impressionante legado não poderia ser esquecido, e um ano depois do desaparecimento do músico, a data é assinalada em várias cidades, juntando-se Lisboa a Londres e Tóquio entre outras cidades, onde acontecerá um debate sobre o percurso e a obra notável do artista no Centro Cultural de Belém, moderado pelo jornalista Nuno Galopim no próximo domingo, data em que David Bowie completaria 70 anos.
Estarão ainda presentes o crítico de cinema João Lopes, a cantora Xana dos Rádio Macau, o antigo editor David Ferreira e o músico David Fonseca, que prepara, para fevereiro, a edição de um álbum em torno do repertório de Bowie, com a participação de vários convidados, entre os quais António Zambujo e Camané.
Também no domingo, em Tóquio, é inaugurada a exposição “David Bowie is”, organizada pelo Victoria & Albert Museum de Londres e que tem estado em périplo internacional. A exposição – que em maio estará em Barcelona – reúne cerca de 300 objetos, fotografias e documentos pertencentes ao criador de “Space Oddity”.
Em Londres, no domingo, acontecerá, no O2 Academy Brixton, o concerto “Celebrating David Bowie”, liderado pelo ator Gary Oldman, amigo de Bowie, com a participação de muitos dos músicos que tocaram com ele. O espectáculo tem sido replicado em várias salas e em Londres já está esgotado. É na capital inglesa que está ainda em cena, por estes dias, o musical “Lazarus”, de David Bowie e Enda Walsh, que teve estreia mundial há mais de um ano, em Nova Iorque, e que o músico preparou já doente.
Para fevereiro deste ano está agendada uma nova edição comemorativa dos 40 anos da música “Sound and Vision”, retirada do álbum “Low”, de 1977, com produção de Bowie e Tony Visconti, e participação de Brian Eno.
É nesse mês que acontecerá ainda a cerimónia dos prémios Grammy, para a qual “Blackstar” está nomeado, a título póstumo, para melhor álbum alternativo.
Video: Vimeo (Watercolors 2015)