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PINTAR COM ESPECIARIAS? É POSSÍVEL E DIVERTIDO DIZ O MUSEU DO ORIENTE

Pintar com especiarias? É possível e divertido, diz o Museu do Oriente. Numa altura em que o Planeta Terra decidiu abrandar, é altura de o celebrar com cores e aromas, num divertido desafio criativo para toda a família: pintar com especiarias e condimentos. Esta é uma das sugestões do Museu do Oriente para esta semana, que propõe ainda a leitura de um livro, em celebração do Dia Mundial do Livro (23 de Abril), e ensina uma técnica indiana de relaxamento.

Apesar de terem origem no Oriente, canela, cominho, açafrão ou pimentão vermelho são algumas das especiarias e condimentos que facilmente encontramos em qualquer cozinha, para pintar com especiarias. Basta juntar-lhes um pouco de água, à proporção de uma parte de condimento ou especiaria para ¾ de água, até obter uma mistura fluída o suficiente para aplicar com pincel. Surgem assim os amarelos vivos, vermelhos e castanhos que, além da cor e da textura, vão perfumar toda a casa.

Na semana em que se assinala o Dia Mundial do Livro (23 de Abril), o Museu do Oriente sugere a leitura de “O Mandarim”. Sem nunca ter estado na China, Eça de Queiroz escreveu esta novela, publicada em 1880, que prima pela brilhante crítica de costumes e análise psicológica a que nos acostumou o autor.

“E, pelas misteriosas correlações com que o vestuário influencia o carácter, eu sentia já em mim ideias, instintos chineses: o amor dos cerimoniais meticulosos, o respeito burocrático das fórmulas, uma ponta de cepticismo letrado; e também um abjecto terror do Imperador, o ódio ao estrangeiro, o culto dos antepassados, o fanatismo da tradição, o gosto das coisas açucaradas…”

Eça de Queiroz, “O Mandarim”

A acção passa-se numa China imaginada pelo autor, cujas intensas e detalhadas descrições não estão isentas de preconceitos eurocêntricos e estereótipos exotistas. Reflexo da sociedade e cultura da época, confrontar estas ideias, hoje, é um convite também a identificar aquelas que, mais ou menos veladas, persistem até aos nossos dias.

Para ler em projectoadamastor.org/o-mandarim-eca-de-queiros/

Da Índia chega-nos uma técnica de auto-massagem, ideal para o alívio das dores de cabeça: a massagem ayurvédica Champi, um tratamento relaxante que se concentra no massajar da cabeça. Nascido no contexto geral da medicina ayurvédica, esta massagem é uma terapia segura e simples, que traz alívio a quem sofre de enxaquecas, dores de cabeça e stress, sinusite e congestão nasal, perda de cabelo e insónias, conferindo uma sensação de bem-estar geral.

A formadora de Massagem Champi do Museu do Oriente, Maria Leonor Braga, partilha os vários passos para uma prática bem-sucedida:

1 – Pouse os cotovelos numa mesa e suporte o peso da cabeça, numa das mãos. Com os dedos médio e indicador inicie a massagem, na zona das sobrancelhas, e vá massajando em direção à linha do escalpe, de baixo para cima em linhas paralelas. Realize o movimento ascendente 3 vezes e o descendente, 3 vezes também. Repita 3 vezes.

2 – Coloque as mãos sobre as têmporas e pressione com o pulso podendo também usar as palmas das mãos. Faça movimentos circulares, 6 vezes no sentido dos ponteiros do relógio e 6 no sentido inverso.

3 – Coloque os polegares na zona óssea rígida, atrás das orelhas. Aplicando uma pressão forte, pressione e solte. Repita até 10 vezes. Inspire quando pressiona e expire quando solta.

4 – Coloque uma mão na testa e a outra mão no pescoço. Gire suavemente a cabeça para um lado e para o outro. A mão colocada na base do crânio, deve pressionar suavemente essa zona. Apertar na inspiração e soltar na expiração. Repita o movimento, 5 vezes de cada lado, trocando as mãos.

O Museu do Oriente vai coligir uma galeria de imagens de trabalhos do público, por isso, quem quiser partilhar o seu, basta marcar a publicação com @museudooriente ou enviar por mensagem privada para o Museu do Oriente (os trabalhos serão identificados apenas com primeiro nome e inicial do sobrenome, ou apenas iniciais dos autores).

SUGESTÕES DO MUSEU DO ORIENTE PARA UMA SEMANA TRANQUILA EM CASA

As sugestões do Museu do Oriente para uma semana tranquila em casa, de forma a contrariar os sentimentos mais desafiantes comuns a quem enfrenta esta pandemia sem precedentes, são três actividades que promovem o auto-conhecimento, despertam os sentidos e cultivam a imaginação.

A prática da meditação surge aqui como uma forte aliada, trazendo consigo a possibilidade de nos desapegarmos da teia de pensamentos e emoções características de períodos de maior stress. O instrutor de MBSR (Mindfulness Based Stress Reduction) do Museu do Oriente, Mário Rodrigues, apresenta o Mindfulness como forma de navegar o quotidiano conturbado em plena pandemia.

Mindfulness ou “Atenção Plena” significa prestar atenção, intencional e sem julgamento, à experiência no momento presente. Ao praticarmos Mindfulness estamos a centrar a atenção para o momento presente, o único em que as decisões podem ser tomadas. Desta forma, centramo-nos no “estar aqui e agora”, em vez de em histórias passadas ou preocupações e medos futuros. Em resposta à actual situação, a prática de Mindfulness pode ajudar a sintonizar com o momento presente e a manter a calma em picos de stress, através de uma relação bondosa e compassiva para com o próprio e para com as pessoas à sua volta.  O Museu do Oriente convida a experimentar a prática guiada de meditação “Navegando pela tempestade”, disponível através deste link.

Para os mais novos, a sugestão chega de Timor, com o conto tradicional “A Filha do Sol e da Lua”. Reza a lenda que Fitun Ki’ik, filha do Sol e da Lua, irmã das estrelas, viu-se separada da sua família celeste, mas na Terra viria a encontrar uma calorosa recepção…

Esta é uma de seis histórias da segunda edição de Histórias para Sonhar, um programa da Delegação da Fundação Oriente em Timor-Leste para a produção de conteúdos audiovisuais lúdico-didáticos em língua portuguesa, para exibição na televisão em Timor-Leste. Para um momento de partilha em família, “A Filha do Sol e da Lua” está disponível no YouTube (neste link), pelo grupo de contadoras de histórias Haktuir Ai-knanoik.

O Museu do Oriente lança ainda um desafio criativo, com recurso à arte japonesa da dobragem de papel. Dos modelos tradicionais ligados às oferendas nos templos budistas, às criações dos mestres modernos, o origami permite criar formas surpreendentes a partir de uma simples folha de papel.

A base de pássaro é fundamental na dobragem de vários modelos e, a formadora de origami do Museu do Oriente, Constança Arouca, partilha um tutorial em que ensina a dobrar um tsuru, ou grou, símbolo de saúde, sorte, prosperidade e longevidade, revestido de grande significado na cultura japonesa.

O Museu do Oriente vai coligir uma galeria de imagens de trabalhos do público, por isso, quem quiser partilhar o seu, basta marcar a publicação com @museudooriente ou enviar por mensagem privada para o Museu do Oriente (os trabalhos serão identificados apenas com primeiro nome e inicial do sobrenome, ou apenas iniciais dos autores).

As sugestões do Museu do Oriente podem ser vistas aqui.

MUSEU DO ORIENTE CANCELA TODOS OS ESPETÁCULOS E ATIVIDADES DE GRUPO

O Museu do Oriente decidiu cancelar todos os espectáculos, eventos e actividades de grupo a realizar, entre os dias 13 de Março e 4 de Abril, quer no próprio Museu, quer no Convento da Arrábida. Esta decisão, tomada pelo Conselho de Administração da Fundação Oriente, surge em conformidade com as orientações da Direcção-Geral da Saúde para a contenção do novo coronavírus.

Os pedidos de reembolso de pagamentos efectuados relativos a iniciativas canceladas devem ser dirigidos aos serviços do Museu do Oriente, através do e-mail info@foriente.pt.

A área expositiva do Museu do Oriente, o Centro de Documentação António Alçada Baptista e serviços como a loja, restaurante e cafetaria continuarão abertos ao público, nos horários previstos. Também o Convento da Arrábida se mantém aberto para visitas, com algumas condicionantes.

Em vigor de 13 de Março a 4 de Abril, estas medidas serão alvo de monitorização e reavaliação constantes, em função da evolução epidemiológica.

ARTES JAPONESAS DÃO AS BOAS-VINDAS À PRIMAVERA NO MUSEU DO ORIENTE

As Artes Japonesas vão estar em destaque no Museu do Oriente numa altura em que a nova estação do ano, a Primavera se aproxima. Workshops sobre artes de arranjos florais e decoração, quer seja na reorganização do espaço como na criação de peças originais, são os temas em que se pode inscrever.

“Ikebana com Kenzan” é o workshop que se realiza no dia 3 de Março, terça-feira, dedicado à arte do arranjo floral. Na sua origem, o ikebana era uma espécie de ritual de oferenda, feito nos templos budistas do Japão durante o século VI. Em contraste com as tradições ocidentais, o arranjo floral japonês cria uma harmonia de construção entre linhas, ritmo e cor, em que a simplicidade é valorizada, bem como a existência de vazio, ou espaço não preenchido. Este workshop foca-se na variante kenzan, uma base metálica com picos verticais que ajuda à fixação dos elementos naturais como flores, ramos e plantas.

As Artes Japonesas vão estar em destaque no Museu do Oriente numa altura em que a nova estação do ano, a Primavera se aproxima. Workshops sobre artes de arranjos florais e decoração, quer seja na reorganização do espaço como na criação de peças originais, são os temas em que se pode inscrever.
Workshop de Bonsai – Fotografia de Gonçalo Barriga ©

Ainda na senda dos elementos naturais, realiza-se no último sábado do mês, dia 28, um workshop de Bonsai, cujo objectivo é ensinar a tratar correctamente desta planta. Serão abordados os ‘mitos’ do bonsai, no sentido de desfazer a ideia de que se trata de uma árvore sensível ou que necessita de cuidados especiais. A história do bonsai, os seus estilos e características, como fazer um bonsai, técnicas de manutenção, adubação e composição, tipos e misturas de solo, doenças e pragas, são os temas que integram a sessão, destas Artes Japonesas.

Época de renascimento e mudança, a Primavera é a altura ideal para iniciar ou aprofundar os conhecimentos de Feng Shui, nos workshops que o Museu do Oriente organiza ao longo do mês de Março. Nos dias 4, 11 e 18, faz-se uma introdução a esta filosofia, à sua história, origem e teorias básicas, contemplando também procedimentos de aplicação prática. Quem quiser saber mais, pode ainda frequentar o workshop Feng Shui Nível II (25 de Março, 1 e 8 de Abril) ou focar-se na vertente Feng Shui – Escola Clássica Xuan Kong Da Gua (20 de Março), que compreende o significado das nove estrelas do Feng Shui, bem como a sua utilização em várias direcções.

No mês de Março celebra-se, no Japão, o Festival Hina Matsuri (Festival das Bonecas), com desejos de prosperidade, felicidade, saúde e sorte para as meninas. Um dos bonitos modos de o fazer é bordando Bolas-de-mão (Temari) que, muitas vezes, as próprias mães oferecem às filhas. Com uma história ancestral, estas bolas de mão japonesas começaram por ser criadas com um propósito muito especial, brincadeiras de crianças, mas ao longo dos tempos assumiram outros fins e significados. Na verdade, as Temari são, ainda hoje, uma oferta de considerável importância no Japão, prova de grande amizade ou de amor maternal. Actualmente, os seus coloridos e criativos padrões, despertam tanto interesse no Oriente como no Ocidente e, no workshop de dia 7 de Março (sábado), propõe-se uma reflexão sobre a sua evolução e o desafio de tentar a sua criação.

As Artes Japonesas vão estar em destaque no Museu do Oriente numa altura em que a nova estação do ano, a Primavera se aproxima. Workshops sobre artes de arranjos florais e decoração, quer seja na reorganização do espaço como na criação de peças originais, são os temas em que se pode inscrever.
Bolas de mão japonesas – Temari

ARTES JAPONESAS

Ikebana com Kenzan

3 de Março, terça-feira

Horário: 14.00-16.00

Preço: 65 € (inclui jarra e kenzan)

Participantes: máx. 10

Workshop de Bonsai

28 de Março, sábado

Horário: 10.00-18.00

Preço: 60 € (inclui um bonsai)

Participantes: mín. 8, máx. 20

Feng Shui Iniciação

4, 11 e 18 de Março, quartas-feiras

Horário: 15.00-18.00

Preço: 45 €

Participantes: mín. 8

Feng Shui Nível II

25 de Março, 1 e 8 de Abril, quartas-feiras

Horário: 15.00-18.00

Preço: 45 €

Público-alvo: participantes que tenham frequentado o workshop de iniciação

Feng Shui – Escola Clássica Xuan Kong Da Gua

20 de Março, sexta-feira

Horário: 10.00-13.00

Preço: 30 €

Temari – Bolas de mão com desejos do coração!

7 de Março, sábado

Horário: 14.00-18.00

Preço: 45 € (materiais incluídos)

Público-alvo: M/16 anos

Participantes: mín. 5, máx. 10

Fotografia de Gonçalo Barriga ©

SOLISTAS DA METROPOLITANA APRESENTAM “FATA MORGANA” NO MUSEU DO ORIENTE

Os Solistas da Metropolitana, propõem uma curiosa combinação entre flauta e piano, que ressalta as diferenças entre os dois instrumentos, mas que resulta numa complementaridade vibrante, com “Fata Morgana”, o recital que o Museu do Oriente apresenta no dia 15 de Fevereiro, às 16.00. A entrada é gratuita.

Através de quatro obras de diferentes esferas do universo musical, a ancestralidade da flauta acomoda-se com naturalidade na sofisticação técnica do piano. Por seu turno, o piano resplandece num leque de possibilidades, que se estende desde o intimismo difuso ao aparato sinfónico. Diante da imponência visual e sonora deste, a sua aparente fragilidade transfigura-se em deslumbramento lírico, seja frugal ou acerbado, na virtuosa destreza de movimentos ágeis e rebuscados ou em registos soturnos arrebatadores.

As primeiras duas peças são trabalhos assinados recentemente, por dois compositores consagrados no panorama musical português. Amílcar Vasques Dias inspirou-se no efeito de miragem que por vezes se vislumbra no horizonte e que se conhece pelo nome “Fata Morgana”. A obra foi estreada nos Encontros Nova Música, realizados em fevereiro de 2017, em Vila do Conde. Três meses mais tarde, Sérgio Azevedo fez estrear a sua “Suite Inutile”, no âmbito da Semana da Composição promovida pela Escola Superior de Música de Lisboa, que agora é apresentada, em estreia, numa versão revista.

Recua-se depois até aos anos 1940, e em particular ao contexto dos exames finais do Conservatório de Paris, onde sempre se exigia aos estudantes que comprovassem as suas aptidões através da interpretação de uma criação contemporânea com elevado nível de dificuldade técnica e expressiva para o seu instrumento: são as célebres ‘Pièces de Concours’. Foi para esse propósito específico que os franceses Henri Dutilleux e Pierre Sancan compuseram as duas Sonatinas que completam este programa.

A entrada é gratuita, mediante levantamento de bilhete no próprio dia.

Programa:

Fata Morgana | Amílcar Vasques Dias (2)

Suite Inutile (estreia da versão revista) | Sérgio Azevedo (1)

Sonatina para Flauta e Piano | Henri Dutilleux (2)

Sonatina para Flauta e Piano | Pierre Sancan  (1)

Nuno Inácio [flauta (1)] | Janete Santos [flauta (2)] | Alexei Eremine [piano]

 

“Fata Morgana” – Solistas da Metropolitana

15 de Fevereiro, sábado

16.00

Duração: 75’

M/6 anos

Entrada gratuita, mediante levantamento de bilhete no próprio dia

CICLO DE CINEMA DOCUMENTAL NO MUSEU DO ORIENTE COM ENTRADA GRATUITA

O Museu do Oriente apresenta um ciclo de cinema documental dedicado ao tema do exílio, no âmbito do DocLisboa 2020, todos os domingos de Fevereiro, às 17.00, com entrada gratuita. A estreia em Portugal de “Memory Is Our Homeland”, de Jonathan Kolodziej Durand, é um dos destaques.

O programa foca-se no exílio e na deslocação, enquanto condições permanentes de uma parte da humanidade, segundo cada momento histórico. Partindo de histórias de vida concretas, retratos relacionados com a primeira metade do século que ressoam no presente, de forma surpreendente e muitas vezes irónica. Irmãs polacas refugiadas na Tanzânia durante a II Grande Guerra, em “Memory Is Our Homeland” (Canadá, 2016), no dia 2 de Fevereiro. Ou a história familiar do suíço Markus Imhoof, em “Eldorado” (Suíça, Alemanha, 2018), no dia 9, e o modo como a empatia e a solidariedade necessários ao acto de acolher são, precisamente, as características humanas desafiadas pelas políticas actuais.

A segunda metade do programa, nos dias 16 e 23 de Fevereiro, acompanha o movimento em relação com os territórios. Em “Ta’ang” (Hong Kong, França, 2016), Wang Bing acompanha com a sua câmara a dura fuga, pelas montanhas da fronteira da China com a Birmânia, de famílias que escapam à guerra civil. Em “Babylon” (Tunísia, 2012) habitamos um campo de refugiados na Tunísia, desde a criação até à sua desmontagem, sem qualquer legenda ou tradução: os corpos, as relações, as tentativas de criar sentido num território que, depois de tudo desaparecer, voltará ao estado inicial, sem poder nunca voltar a ser o mesmo.

O ciclo é co-organizado pelo DocLisboa e tem entrada gratuita, mediante levantamento de bilhete no dia da sessão.

Programa:

2 Fevereiro

MEMORY IS OUR HOMELAND
Jonathan Kolodziej Durand
Canadá, 2016
(Estreia em Portugal)
‘Prix du public’ no Montreal RIDM Film Festival 2018

Duração: 90′, sem intervalo

O destino dramático de quase um milhão de polacos que, durante a Segunda Guerra Mundial, foram deportados para os campos de trabalho siberianos, antes que milhares deles desaparecessem, ao caminho de um exílio na África, passando pelo Irão e pela Índia. Suportado pelo testemunho da avó, Durand revela uma aspecto voluntariamente apagado da História e interroga-se sobre a natureza de uma identidade baseada no exílio.

9 Fevereiro

ELDORADO
Markus Imhoof
Suíça, Alemanha, 2018
(Selecção oficial Doclisboa 2018)
Duração: 91′, sem intervalo

A actual crise dos refugiados constitui a maior deslocação em massa de pessoas desde a Segunda Guerra Mundial. Imhoof leva-nos numa viagem por navios de guerra italianos da Operação Mare Nostrum, por campos de refugiados no sul de Itália e por audiências de asilo com autoridades suíças. Uma crise causada por desigualdades económicas que transformam os países ricos do Norte no ‘eldorado’ que tantos desfavorecidos tentam alcançar a todo o custo.

16 Fevereiro

TA’ANG
Wang Bing
Hong Kong, França, 2016
(Seleccão oficial Doclisboa 2016)
International Nuremberg Human Rights Award 2017
Duração: 147’, sem intervalo

Os ta’ang, uma minoria étnica birmanesa, encontram-se entre uma guerra civil e a fronteira com a China. Desde 2015, violentos combates obrigaram milhares de crianças, mulheres e idosos a um êxodo além-fronteiras, para a China. Ta’ang acompanha o quotidiano desses refugiados, forçados a deixar as suas casas, mas esperando regressar a breve prazo.

 

23 Fevereiro

BABYLON
Youssef Chebbi, Ismaël, Ala Eddine
Slim
Tunísia, 2012
(Selecção oficial Doclisboa 2012)
Duração: 119′, sem intervalo

Pessoas chegam a um território virgem, numa zona selvagem. Rapidamente, constrói-se uma cidade do nada. Habitada por várias nacionalidades, as pessoas que aí vivem falam línguas diferentes. Esta nova Babilónia, rodeada de árvores e animais, ganha rapidamente a forma de uma cidade, ao mesmo tempo banal e extraordinária.

 

DocLisboa 2020 no Museu do Oriente

Ciclo de Cinema Documental

2, 9, 16 e 23 de Fevereiro, domingos

17.00

Entrada gratuita (mediante levantamento do bilhete no dia da sessão)

ANO DO RATO CELEBRA-SE NO MUSEU DO ORIENTE COM ENTRADA GRATUITA

O Museu do Oriente dá as boas-vindas ao Ano do Rato, o novo ano lunar chinês, com entrada gratuita no sábado, dia 25 de Janeiro, e actividades programadas para toda a família, que se prologam de 24 a 26 de Janeiro.

As celebrações do Ano do Rato iniciam-se na sexta-feira, 24 de Janeiro, às 19.00, com a visita performativa “Do camarim ao palco!”. Esta viagem pelo maravilhoso mundo do espectáculo, o calor dos aplausos e o brilho das luzes mostra, na primeira pessoa, como a vida de uma actor de Ópera Chinesa se conta desde tenra idade e como, no momento em que a personagem volta a dar ao lugar ao indivíduo, assistimos à partilha de todas as memórias vividas em palco.

Arte chinesa do Jianzhi, ou Recorte de Papel

 

Arte chinesa do Jianzhi, ou Recorte de Papel

No sábado de manhã, a partir das 10.00, os visitantes do Museu do Oriente são convidados a aprender a arte chinesa do Jianzhi, ou Recorte de Papel, numa oficina que ensina a criar ilustrações decorativas. Com cerca de 1.500 anos de História, esta tradição é classificada pela UNESCO como Património Imaterial da Humanidade, acreditando-se ter uma função essencialmente religiosa e espiritual, sendo utilizada por ocasião das celebrações do Ano Novo para atrair a sorte.

Na China, estes festejos multiplicam-se desde a Lua Nova que marca o início do ano, até à Lua Cheia, com o Festival das Lanternas a marcar o encerramento das celebrações. A partir das 15.00, o Museu do Oriente desafia os mais novos a construírem a sua própria versão de lanterna chinesa, na oficina “Uma Festa das Lanternas”, indicada para crianças entre os 7 e os 12 anos.

A celebração musical tem início às 19.00, com o espectáculo “A Voz Lírica: Árias e Canções”, pela voz de Isabel Alcobia, acompanhada pela pianista chinesa Shao Ling. Montanha Yi Meng e Caminho da Luz Solar, as duas canções chinesas da abertura, articulam a serenidade de uma melodia montanhosa com a velocidade e energia moderna de uma canção urbana, representando um gesto de celebração ao Ano Novo Chinês.

A encerrar os festejos, no domingo, 26 de Janeiro, “Um mistério de Ano Novo!” é o que terão de resolver os participantes da visita “No Museu me oriento com quase todos os sentidos…”. Através do toque, do som, do cheiro e de todas as histórias que se vão ouvir sobre ele, miúdos e graúdos terão de adivinhar de que objecto se trata, sem o poderem ver.

Segundo a tradição chinesa, o ano que agora inicia será positivo a todos os níveis, de bonança e paz mundial, uma vez que o Rato é um animal reverenciado pelo seu raciocínio rápido e capacidade de acumular e manter objectos de valor, sendo símbolo de boa sorte e riqueza.

A entrada no Museu do Oriente é gratuita no dia 25 de Janeiro, mas as actividades programadas, pagas, requerem inscrição ou compra de bilhete.

Visita performativa “Do camarim ao palco!”

24 de Janeiro

19.00

Público-alvo: famílias com crianças M/ 5 anos [acompanhados por um adulto]
Preço: 6 €/ participante

Participantes: mín. 14, máx. 26

Workshop Jianzhi – Tradicional Arte de Recorte de Papel

25 de Janeiro

10.00-13.00

Preço: 35 €

Participantes: mín. 7, máx. 15

“Uma Festa das Lanternas”

Sábados em Oficina

25 Janeiro

Horário: 15.00-17.00
Público-alvo: 7-12 anos
Preço: 5 €/ participante

Participantes: mín. 8, máx. 15

A Voz Lírica: Árias e Canções

Ciclo Piano Forte

Recital com Isabel Alcobia (canto) e Shao Ling (piano)

25 de Janeiro

Auditório

19.00

Duração: 75’, com intervalo

Público: M/6 anos

Preço: 12 €

“No Museu me Oriento com Quase Todos os Sentidos…”

Em colaboração com Locus Acesso

26 de Janeiro

Horário: 11.00-12.00
Público-alvo: M/ 7 anos
Preço: 5 €/ participante

Participantes: mín. 15, máx. 20

“A VOZ LÍRICA” DE ISABEL ALCOBIA NO MUSEU DO ORIENTE

“A Voz Lírica” de Isabel Alcobia, acompanhada pela pianista chinesa Shao Ling, é o próximo concerto do Ciclo Piano Forte organizado pelo Museu do Oriente no dia 25 de Janeiro, sábado, às 19.00.

“A Voz Lírica" de Isabel Alcobia, acompanhada pela pianista chinesa Shao Ling, é o próximo concerto do Ciclo Piano Forte organizado pelo Museu do Oriente no dia 25 de Janeiro, sábado, às 19.00.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“A Voz Lírica: Árias e Canções, abraça o género canção, numa vertente erudita e outra mais popular, e o repertório lírico para o palco, também em duas das suas vertentes: a Ópera e a Zarzuela. Montanha Yi Meng e Caminho da Luz Solar, as duas canções chinesas da abertura, articulam imediatamente a serenidade de uma melodia montanhosa com a velocidade e energia moderna de uma canção urbana, representando um gesto de celebração ao Ano Novo Chinês, que se festeja nessa noite.

“A Voz Lírica" de Isabel Alcobia, acompanhada pela pianista chinesa Shao Ling, é o próximo concerto do Ciclo Piano Forte organizado pelo Museu do Oriente no dia 25 de Janeiro, sábado, às 19.00.
Isabel Alcobia

As canções portuguesas de Francisco Lacerda representam algumas das suas últimas criações no género canção, onde é possível detetar a influência que a música francesa teve na escrita do compositor. Por outro lado, nas obras de Viana da Motta é possível perceber a proximidade ao Lied alemão. Já a obra de Eurico Carrapatoso, composta em finais do século XX, faz neste programa a transição para as canções de carácter mais urbano, pois usa uma linguagem que se aproxima do estilo da modinha luso-brasileira e do Lundum.

A segunda parte do concerto é constituída por repertório concebido para cena, apresentando dois excertos de Zarzuelas, estilo próprio da cultura espanhola no campo da ópera popular ou mais ligeira. Les Filles de Cadix, de Leo Delibes, sendo uma canção, faz neste programa a transição do estilo anterior para a ópera francesa com a Air des bijoux do Fausto de Gounod. O programa termina com um dos mais importantes exemplos da ópera italiana: Verdi.

Com uma intensa actividade solística, Isabel Alcobia já pisou palcos de todo o mundo. A ópera “Amor de Perdição”, a convite do Teatro Nacional São Carlos, com representações em Lisboa e Bruxelas no âmbito da Europália, “Auto Del Lirio y de la Azucena,” de José Peyro no Museu del Prado em Madrid, “Naufrágios e Milagres” de José Alberto Gil, onde interpretou o papel principal, no Centro Cultural de Belém para o Festival dos 100 Dias, são alguns exemplos das suas actuações.

No domínio da ópera, destacam-se ainda as interpretações de Euridice em “Orfeo”, Pamina em “A Flauta Mágica”, Adele em “O Morcego”, Musetta “em La Bohème”, Giannetta em “O Elixir do Amo”, Norina em “D.Pasquale”, Julieta em “Romeu e Julieta”, Gilda em “Rigoletto”, Violeta em “La Traviata” e Isabel em “Floresta” de Eurico Carrapatoso. Em 2019 foi a soprano convidada para actuar no concerto, em Portugal, da tournée de despedida do prestigiado tenor José Carreras.

Shao Ling

Natural da China, Shao Xiao Ling é o prodígio do piano que acompanha a voz de Isabel Alcobia neste recital. Tendo começado o ensino musical aos seis anos de idade, concluiu o Curso Complementar de Piano no Conservatório de Música de Shanghai, em 1992. Veio para Portugal como bolseira da Fundação Oriente onde, em 1997, estudou com os professores Vitali Dotsenko e Álvaro Teixeira Lopes. Trabalhou, igualmente, sob orientação da pianista consagrada Helena Sá e Costa. É professora auxiliar no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro e a sua principal área de ensino centra-se em piano performance e música de câmara. É doutorada em Música pela Universidade de Aveiro (2011), Mestre em Piano Performance pelo Rotterdams Conservatorium (2001) e Licenciada em Ensino da Música pela Universidade de Aveiro (1998). Como concertista, tem apresentado recitais tanto solo como música de câmara e concertos com orquestras nos grandes auditórios e festivais portugueses e, também, em França, Itália e China. É detentora dos prémios nos Concursos de “Cidade de Covilhã”, “Solistas da Juventude Musical Portuguesa”, “Prémios Jovens Músicas da RDP” e “Juventude Musical Portuguesa”.

Os bilhetes podem ser adquiridos aqui, sendo o espetáculo para maiores de 6 anos.

Programa

Montanha Yi Meng | Ruan Ruoshan

Caminho da Luz Solar | Zhang Hongguang

Saudades da minha terra | Francisco Lacerda

Quero cantar ser alegre | Francisco Lacerda

Canção triste | Francisco Lacerda

Amores, amores | Vianna da Motta

Pastoral | Vianna da Motta

Alma minha | João Arroyo

Chorinho do mê filho António | Eurico Carrapatoso

Querem ver essa menina-modinha | Francisco Leal

Esta noite-Lundum | Francisco Leal

Lundú da Marqueza dos Santos | Villa-Lobos

Intervalo

“Cancion de la Paloma” (El Barberillo de Lavapies) |   F.A. Barbieri

“Sierras de Granada” (La Tempranica) | J.Giménez

“Les Filles de Cadix” | Leo Delibes

“Air des bijoux” (Faust) | C. Gounod

“Pace, pace mio Dio” (La Forza del destino) |G. Verdi

 

“A Voz Lírica” de Isabel Alcobia

Árias e Canções

Ciclo Piano Forte

Recital com Isabel Alcobia (canto) e Shao Ling (piano)

25 de Janeiro

Auditório

19.00

Duração: 75’, com intervalo

“A DESPEDIDA” FILME NOMEADO AOS GLOBOS DE OURO NO MUSEU DO ORIENTE

“A Despedida”, filme nomeado aos Globos de Ouro, é apresentado em antestreia no Museu do Oriente. Divertido e emocionante, o filme da realizadora chinesa Lulu Wang, pode ser visto no dia 8 de Janeiro, às 17.30, no Museu do Oriente, com entrada gratuita. À exibição segue-se uma mesa-redonda, sobre o tema retratado na longa-metragem.

Protagonizada por Awkwafina, actriz e rapper norte-americana de origem chinesa-coreana (“Ocean’s 8” (2018) e “Asiáticos Doidos e Ricos” (2018)), o filme conta a história de uma família chinesa, criada nos EUA, que descobre que a avó tem pouco tempo de vida, e que decide não a informar do diagnóstico. Em vez disso, os seus filhos e netos tentam arranjar um casamento de última hora, para que todos os familiares mais distantes possam vê-la, uma última vez, sem que ninguém saiba o que está a acontecer. Abordando as diferenças culturais entre Ocidente e Oriente, “A Despedida”, realizado e escrito por Lulu Wang, é uma celebração sincera e edificante do amor familiar.

À exibição do filme segue-se uma mesa-redonda com a participação de Jorge Santos Alves, historiador e especialista em Estudos Asiáticos e professor na Universidade Católica Portuguesa; Tânia Ganito, professora auxiliar no ISCSP e professora convidada do Mestrado em Estudos Asiáticos da Universidade Católica Portuguesa; Cláudia Ribeiro (Mestrado em Estudos Asiáticos da Universidade Católica Portuguesa); e Shenglan Zhou, professora de Mandarim da Universidade Católica Portuguesa.

Para além da grande recepção por parte da crítica – “A Despedida” venceu vários prémios, entre os quais no Festival de Sundance Londres e nos Gotham Awards -, o filme teve um enorme acolhimento por parte do público, em especial nos EUA, onde obteve 20 milhões de espectadores. Está nomeado para os Globos de Ouro, nas categorias de ‘Melhor Filme de Língua Estrangeira’ e ‘Melhor Atriz Musical ou Comédia’.

O filme estreia nos cinemas nacionais a 9 de Janeiro, com distribuição da NOS Audiovisuais.

“A Despedida”, de Lulu Wang

Antestreia + mesa redonda

8 de Janeiro

17.30

Duração: 100’ [filme] + 60′ [painel discussão], sem intervalo

Co-organização: NOS Lusomundo Audiovisuais

Gratuito, mediante levantamento de bilhete no próprio dia

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