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TENOR ANDRÉ LACERDA E A PIANISTA JOANA RESENDE EM RECITAL NO MUSEU NACIONAL DA MÚSICA

O Tenor André Lacerda e a Pianista Joana Resende apresentam hoje dia 4 de Maio, pelas 19:00 no Museu Nacional da Música um recital de canto e piano em torno da palavra de Shakespeare e da Canção inglesa. A entrada é livre.

PROGRAMA

J. Dowland ⁄ Come again ⁄ I saw my lady weap
H. Purcell ⁄ Let us wonder
J. Haydn ⁄ She never told her love
F. Schubert ⁄ An Sylvia
H. Wolf ⁄ Lied des transferierten Zettel
V. Williams ⁄ The Vagabond
R. Quilter ⁄ Come away, death ⁄ Fear no more the heat o´the sun ⁄
Under the greenwood tree
G. Finzi ⁄ Come away, death ⁄ Who is Silvia ⁄
It was a lover and his lass
E. Korngold ⁄ My mistress’ eyes

André Lacerda nasceu em Vila Nova de Gaia em 1989. Começou os seus estudos musicais na Academia de Música de Vilar do Paraíso. Iniciou a sua carreira profissional como ator/cantor em diversas produções de Teatro Musical. Posteriormente, iniciou os seus estudos em canto lírico sendo licenciado em Música pela Universidade de Aveiro. Terminou o Mestrado em Interpretação Artística na ESMAE com classificação máxima. Apresenta-se regularmente como solista com diferentes orquestras e grupos de câmara, destacando-se a Orquestra Filarmonia das Beiras, Orquestra Guimarães, Ensemble Darcos, Ludovice Ensemble, entre outros. Integra a formação base do Coro Casa da Música. No presente ano, foi protagonista de “Coro”, um espetáculo musical de homenagem aos colaboradores do Teatro Rivoli. Atualmente, encontra-se a terminar o Mestrado em Ensino da Música na ESMAE.

Joana Resende, natural do Porto, concluiu a licenciatura na ESMAE, classe do Prof. Jaime Mota; prémio Fundação Eng. António de Almeida. Estudou na Hochschule für Musik und Theater Felix Mendelssohn Bartoldy (Leipzig) com Gerald Fauth e Karl-Peter Kammerlander. Concluiu o Mestrado em Ensino e o Mestrado em Performance na Universidade de Aveiro com o pianista Fausto Neves; apresentações em Portugal, Reino Unido, França e Brasil. Dedica especial atenção ao acompanhamento vocal; diversas masterclasses e festivais como Oxford Lieder Festival (UK), Internationaal Lied Zeist (Utrecht) e Conservatori Liceu (Barcelona). Gravou para a Antena2, RTP e lançou o seu primeiro CD “Anterianas”, com a soprano Ana Maria Pinto, em 2017, canções de Schubert e Freitas Branco.

“… Um piano natural, um piano sólido, a saber encontrar, com felicidade, o lugar que lhe compete… “José Luís Borges Coelho, Fev 2016

“Sobre Joana Resende, gostamos do som e da sensibilidade em Schubert. Ser pianista de Lied não é tarefa menor, o sublinhar da cor, o dosear da interpretação de acordo com o poema, a naturalidade de atacar na consoante adivinhada do cantor, tudo isso esteve muito bem.” Henrique Silveira, Jan 2013 

150º ANIVERSÁRIO DE VIANNA DA MOTTA | RECITAL DE PIANO NO MUSEU NACIONAL DA MÚSICA

No próximo Domingo, 22 de abril, o Museu Nacional da Música abrirá excepcionalmente para celebrar o 150º Aniversário de Vianna da Motta (1868-1948) pianista e compositor. As comemorações terão início por volta das 16h, com uma breve introdução pela directora do museu, Dra. Graça Mendes Pinto, e por Elvira Archer, especialista no estudo da vida e obra do compositor.
Segue-se um recital de João Costa Ferreira, pianista que lançou recentemente um CD áudio dedicado a obras para piano solo de Vianna da Motta na editora Grand Piano (Naxos). 
No museu estará exposta alguma documentação, como partituras, programas, postais e fotografias de Vianna da Motta.

TEXTO DE ELVIRA ARCHER
José Vianna da Motta grande virtuose internacional do piano, nasceu na ex-colónia portuguesa da ilha de S. Tomé a 22 de Abril de 1868 e faleceu em Lisboa a 1 de Junho de 1948.

Ainda não tinha dois anos quando veio com seus pais para a metrópole que se instalaram em Colares, concelho de Sintra, onde deu os primeiros sinais da sua musicalidade precoce que, tornando-se notória, foi levado com seis anos ao paço real, acompanhado do seu harmónio feito à sua medida, para fazer uma audição, não sabendo ainda uma nota de música, mas tocando de ouvido melodias que ouvia a seu pai.

Impressionados com tal talento, D. Fernando II e sobretudo a Condessa d’Edla prontificaram-se a auxiliar os custos do ensino no Conservatório Real de Lisboa, onde iniciou o curso de piano com perto de sete anos e terminou com treze.

Os seus progressos e o sucesso com que se apresentou no seu primeiro concerto que teve lugar no Salão da Trindade, facultaram-lhe obter dos seus mecenas uma bolsa para, em 1882, ir continuar na Alemanha os seus estudos humanísticos e musicais, estes no Conservatório Scharwenka em Berlim. Foi nesta cidade, onde manteve o seu domicílio durante cerca de 32 anos e onde colaborou com artistas famosos como Ferruccio Busoni ou Pablo de Sarasate, que desenvolveu a sua carreira de pianista e de pedagogo.

Recebeu os ensinamentos de Franz Liszt no último curso de verão, dado em Weimar em 1885, frequentou o curso de aperfeiçoamento interpretativo de Hans von Bülow de 1887, em Frankfurt, e tornou-se adepto de R. Wagner quando assistiu pela primeira vez, ainda estudante, ao Parsifal em Bayreuth.

Com o deflagrar da Primeira Guerra Mundial foi obrigado a abandonar a Alemanha em 1914, tendo então aceite o lugar de “professor superior” da classe de virtuosidade de piano do Conservatório de Música de Genebra.

Em 1917 regressou definitivamente a Portugal, onde fundou a Sociedade de Concertos de Lisboa e onde, em 1919, lhe foi conferido o cargo de professor e director do Conservatório Nacional de Lisboa que exerceu até 1938, realizando a desejada reforma europeizante daquela instituição com uma nova orientação pedagógica.

Como compositor, no âmbito da Música de Concerto, é considerado o iniciador da música de carácter nacional em Portugal, sendo a sua obra mais relevante a Sinfonia À Pátria.

José Vianna da Motta, figura de grande vulto cultural, aplaudido por reis, imperadores, presidentes de vários países e nas melhores salas da Europa e do Continente Americano de norte a sul, embora tenha sido um prestigiado divulgador da música alemã, também o foi, mundo fora, da portuguesa.

P.S. Vianna da Motta desejava que a ortografia do seu nome conservasse as consoantes N e T duplicadas.
Elvira Archer

PROGRAMA
Obras de José Vianna da Motta 

Pensée Poétique, Rêverie op. 36
Amizade, Mazurca
Singela, Polca-mazurca op. 17
Elegia, op. 45
Três Romances sem palavras, op. 51
Meditação
O Crepúsculo
Lamentação
Les Inondations de Murcie, Scène caractéristique op. 28
Fantasiestück, op. 2
1ª Rapsódia Portuguesa, “Fados”

JOÃO COSTA FERREIRA é um pianista português detentor do prestigiado “Diplôme Supérieur d’Exécution” da École Normale de Musique de Paris / Alfred Cortot, instituição onde estudou com Marian Rybicki e Guigla Katsarava. É também investigador, titular de uma Licenciatura e de um Mestrado de Investigação em Música e Musicologia pela Université Paris-Sorbonne, instituição onde lecionou enquanto tutor. Atualmente, prossegue os seus trabalhos de investigação em Doutoramento nessa universidade sob a direção da musicóloga e filósofa Danielle Cohen-Levinas, estudando, nomeadamente, a escrita, técnica e interpretação pianísticas na obra de José Vianna da Motta.
É detentor de vários prémios, destacando-se o 2º prémio (1º prémio não atribuído) no XVº Concurso Internacional de Piano Maria Campina e o 1º prémio “Musicologia” no 8º Concurso “Jeunes solistes de la Sorbonne”. Em 2015, João Costa Ferreira foi galardoado pela Cap Magellan com o prémio “Melhor revelação artística” numa gala para a celebração da República Portuguesa realizada nos salões do Hôtel de Ville de Paris.
Actua regularmente em Portugal, França e Holanda, tendo gravado várias vezes para a RDP-Antena 2. Apresentou-se, enquanto solista, com a Orquestra de Sopros e a Orquestra de Cordas do Conservatório de Artes do Orfeão de Leiria e com a Orquestra Filarmonia das Beiras, sob a direção dos Maestros Alberto Roque e Ernst Schelle. Trabalha também em projetos de interpretação de obras para piano a quatro mãos com o pianista Bruno Belthoise.
Iniciou a sua actividade de pedagogo em 2009 sendo convidado como assistente do pianista francês Jean Martin (discípulo de Yves Nat) para leccionar no âmbito de masterclasses realizadas em França. Além disso, João Costa Ferreira é frequentemente convidado a orientar masterclasses em conservatórios de música de Portugal.
João Costa Ferreira é artista da AvA Musical Editions e colabora com a editora para a publicação de obras de José Vianna da Motta tendo já revisto e prefaciado várias dezenas. Lançou recentemente um CD áudio dedicado a obras para piano solo deste compositor na editora Grand Piano (do grupo Naxos).
Iniciou os seus estudos musicais aos onze anos no Conservatório de Artes do Orfeão de Leiria com o professor de piano Luís Batalha.

Apoio: Associação dos Amigos do Museu Nacional da Música
Agradecimentos: Biblioteca Nacional, AvA Musical Editions e João Pedro Mendes Santos. As comemorações terão início por volta das 16h, com uma breve introdução pela directora do museu, Dra. Graça Mendes Pinto, e por Elvira Archer, especialista no estudo da vida e obra do compositor. Segue-se um recital de João Costa Ferreira, pianista que lançou recentemente um CD áudio dedicado a obras para piano solo de Vianna da Motta na editora Grand Piano (Naxos).  No museu estará exposta alguma documentação, como partituras, programas, postais e fotografias de Vianna da Motta.

TEXTO DE ELVIRA ARCHER
José Vianna da Motta grande virtuose internacional do piano, nasceu na ex-colónia portuguesa da ilha de S. Tomé a 22 de Abril de 1868 e faleceu em Lisboa a 1 de Junho de 1948.

Ainda não tinha dois anos quando veio com seus pais para a metrópole que se instalaram em Colares, concelho de Sintra, onde deu os primeiros sinais da sua musicalidade precoce que, tornando-se notória, foi levado com seis anos ao paço real, acompanhado do seu harmónio feito à sua medida, para fazer uma audição, não sabendo ainda uma nota de música, mas tocando de ouvido melodias que ouvia a seu pai.

Impressionados com tal talento, D. Fernando II e sobretudo a Condessa d’Edla prontificaram-se a auxiliar os custos do ensino no Conservatório Real de Lisboa, onde iniciou o curso de piano com perto de sete anos e terminou com treze.

Os seus progressos e o sucesso com que se apresentou no seu primeiro concerto que teve lugar no Salão da Trindade, facultaram-lhe obter dos seus mecenas uma bolsa para, em 1882, ir continuar na Alemanha os seus estudos humanísticos e musicais, estes no Conservatório Scharwenka em Berlim. Foi nesta cidade, onde manteve o seu domicílio durante cerca de 32 anos e onde colaborou com artistas famosos como Ferruccio Busoni ou Pablo de Sarasate, que desenvolveu a sua carreira de pianista e de pedagogo.

Recebeu os ensinamentos de Franz Liszt no último curso de verão, dado em Weimar em 1885, frequentou o curso de aperfeiçoamento interpretativo de Hans von Bülow de 1887, em Frankfurt, e tornou-se adepto de R. Wagner quando assistiu pela primeira vez, ainda estudante, ao Parsifal em Bayreuth.

Com o deflagrar da Primeira Guerra Mundial foi obrigado a abandonar a Alemanha em 1914, tendo então aceite o lugar de “professor superior” da classe de virtuosidade de piano do Conservatório de Música de Genebra.

Em 1917 regressou definitivamente a Portugal, onde fundou a Sociedade de Concertos de Lisboa e onde, em 1919, lhe foi conferido o cargo de professor e director do Conservatório Nacional de Lisboa que exerceu até 1938, realizando a desejada reforma europeizante daquela instituição com uma nova orientação pedagógica.

Como compositor, no âmbito da Música de Concerto, é considerado o iniciador da música de carácter nacional em Portugal, sendo a sua obra mais relevante a Sinfonia À Pátria.

José Vianna da Motta, figura de grande vulto cultural, aplaudido por reis, imperadores, presidentes de vários países e nas melhores salas da Europa e do Continente Americano de norte a sul, embora tenha sido um prestigiado divulgador da música alemã, também o foi, mundo fora, da portuguesa.

P.S. Vianna da Motta desejava que a ortografia do seu nome conservasse as consoantes N e T duplicadas.
Elvira Archer

PROGRAMA
Obras de José Vianna da Motta 

Pensée Poétique, Rêverie op. 36
Amizade, Mazurca
Singela, Polca-mazurca op. 17
Elegia, op. 45
Três Romances sem palavras, op. 51
Meditação
O Crepúsculo
Lamentação
Les Inondations de Murcie, Scène caractéristique op. 28
Fantasiestück, op. 2
1ª Rapsódia Portuguesa, “Fados”

JOÃO COSTA FERREIRA é um pianista português detentor do prestigiado “Diplôme Supérieur d’Exécution” da École Normale de Musique de Paris / Alfred Cortot, instituição onde estudou com Marian Rybicki e Guigla Katsarava. É também investigador, titular de uma Licenciatura e de um Mestrado de Investigação em Música e Musicologia pela Université Paris-Sorbonne, instituição onde lecionou enquanto tutor. Atualmente, prossegue os seus trabalhos de investigação em Doutoramento nessa universidade sob a direção da musicóloga e filósofa Danielle Cohen-Levinas, estudando, nomeadamente, a escrita, técnica e interpretação pianísticas na obra de José Vianna da Motta.
É detentor de vários prémios, destacando-se o 2º prémio (1º prémio não atribuído) no XVº Concurso Internacional de Piano Maria Campina e o 1º prémio “Musicologia” no 8º Concurso “Jeunes solistes de la Sorbonne”. Em 2015, João Costa Ferreira foi galardoado pela Cap Magellan com o prémio “Melhor revelação artística” numa gala para a celebração da República Portuguesa realizada nos salões do Hôtel de Ville de Paris.
Actua regularmente em Portugal, França e Holanda, tendo gravado várias vezes para a RDP-Antena 2. Apresentou-se, enquanto solista, com a Orquestra de Sopros e a Orquestra de Cordas do Conservatório de Artes do Orfeão de Leiria e com a Orquestra Filarmonia das Beiras, sob a direção dos Maestros Alberto Roque e Ernst Schelle. Trabalha também em projetos de interpretação de obras para piano a quatro mãos com o pianista Bruno Belthoise.
Iniciou a sua actividade de pedagogo em 2009 sendo convidado como assistente do pianista francês Jean Martin (discípulo de Yves Nat) para leccionar no âmbito de masterclasses realizadas em França. Além disso, João Costa Ferreira é frequentemente convidado a orientar masterclasses em conservatórios de música de Portugal.
João Costa Ferreira é artista da AvA Musical Editions e colabora com a editora para a publicação de obras de José Vianna da Motta tendo já revisto e prefaciado várias dezenas. Lançou recentemente um CD áudio dedicado a obras para piano solo deste compositor na editora Grand Piano (do grupo Naxos).
Iniciou os seus estudos musicais aos onze anos no Conservatório de Artes do Orfeão de Leiria com o professor de piano Luís Batalha.

Apoio: Associação dos Amigos do Museu Nacional da Música
Agradecimentos: Biblioteca Nacional, AvA Musical Editions e João Pedro Mendes Santos

MÚSICAS DO ACERVO | PHILIPPE MARQUES

MÚSICAS DO ACERVO é um ciclo de entrada livre, onde o público tem a oportunidade de conhecer extraordinários compositores portugueses, cujas obras são pouco conhecidas do grande público. Ao contrário de alguns compositores de diferentes países da Europa, cujo trabalho é hoje globalmente reconhecido, a pouca divulgação da música erudita portuguesa remeteu muitas partituras ao esquecimento. Nestes concertos, a par da música portuguesa, será também possível ouvir música de consagrados de outros países, contemporânea da primeira. O objectivo do ciclo – que conta com o apoio do Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa – é que exista uma maior divulgação do acervo de partituras do Museu Nacional da Música e do património musical português.

O concerto de abril do ciclo Músicas do Acervo: Compositores Portugueses e seus Contemporâneos estará a cargo do pianista Philippe Marques, que interpreta João Domingos Bomtempo, no Museu Nacional da Música na estação do metropolitano do Alto dos Moinhos, sexta-feira 13 de abril, às 19:00. A entrada é livre.

SOBRE PHILIPPE MARQUES

Philippe Marques nasceu em 1991 na cidade de Lausanne, na Suíça. Iniciou os seus estudos musicais em 2001 ao ingressar no Conservatório Regional Silva Marques, onde estudou com a professora Catherine C. Paiva.

Em 2006 foi admitido na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa e completou o Curso de Piano com 20 valores, na classe do professor Hélder Entrudo.

Desde então, tem vindo a atuar regularmente em vários locais do país, dos quais se destacam: Jardim de Inverno do Teatro S. Luiz, Cinema S. Jorge, Teatro Nacional de São Carlos, Teatro da Trindade, Centro Cultural de Belém, Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, Palácio Nacional de Queluz, Palácio Nacional da Ajuda, Palácio da Quinta da Regaleira, Palácio Foz, Museu Nacional da Música, Salão Nobre do Conservatório Nacional, Grande Auditório da Escola Superior de Música de Lisboa, Casa Verdades de Faria (Cascais), Eborae Mvsica, Teatro Garcia de Resende (Évora), Teatro Sá da Bandeira (Santarém), Cine-Teatro Caracas (Oliveira de Azeméis), Museu Soares dos Reis (Porto), entre outros.

Tem participado em recitais transmitidos pela RTP/Antena 2, incluindo um ciclo de três recitais dedicados à apresentação pública da integral das sonatas para piano de J. D. Bomtempo. Como solista, apresentou-se em Março de 2011 com a Orquestra da Escola Superior de Música de Lisboa, sob a direcção do maestro Vasco Pearce de Azevedo, interpretando o primeiro concerto para piano de F. Liszt. Em 2012 deu concertos a solo em Paris e na Califórnia com obras de F. Lopes-Graça, A. Fragoso, Chopin, Scriabin, entre outros. Em 2014, para além de recitais em Paris, participou igualmente numa digressão ao Brasil apoiada pela Direção Geral das Artes / Governo de Portugal e organizada pelo MPMP, movimento patrimonial pela música portuguesa, tendo-se apresentado em alguns dos principais palcos de cinco cidades – dos quais se destaca o Centro Cultural de São Paulo – unicamente com música de compositores portugueses. No âmbito da mesma digressão, gravou para três rádios brasileiras e, ao lado do pianista Duarte Pereira Martins, um programa para a TV Brasil.

Ao longo do seu percurso participou também em masterclasses sob orientação de conceituados professores, entre eles: Luiz de Moura Castro, Sequeira Costa, Artur Pizarro e Dmitri Alexeev. Já colaborou com o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa e é membro do Ensemble MPMP. Já estreou obras de vários compositores portugueses e estrangeiros, de entre os quais se destacam Edward Luiz Ayres d’Abreu, Nuno da Rocha, Daniel Moreira, Hugo Ribeiro, Francisco Tavares e Eli Camargo Jr. Colabora regularmente com instituições como a Orquestra Gulbenkian, Orquestra Metropolitana, entre outras.

Finalizou em 2014, com a máxima classificação, o Mestrado em Música na Escola Superior de Música de Lisboa, sob a orientação do professor Miguel Henriques. Leciona piano no Conservatório de Música da Metropolitana.

Os seus últimos projetos incluem a gravação da integral das sonatas para piano de J. D. Bomtempo, num total de quatro CDs, bem como de obras de câmara de Ruy Coelho.

MÚSICAS DO ACERVO NO MUSEU NACIONAL DA MÚSICA

MÚSICAS DO ACERVO é um ciclo de entrada livre, onde o público tem a oportunidade de conhecer extraordinários compositores portugueses, cujas obras são pouco conhecidas do grande público. Ao contrário de alguns compositores de diferentes países da Europa, cujo trabalho é hoje globalmente reconhecido, a pouca divulgação da música erudita portuguesa remeteu muitas partituras ao esquecimento. Nestes concertos, a par da música portuguesa, será também possível ouvir música de consagrados de outros países, contemporânea da primeira. O objectivo do ciclo – que conta com o apoio do Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa – é que exista uma maior divulgação do acervo de partituras do Museu Nacional da Música e do património musical português.

No dia 09 de março, pelas 19:00 será a vez de Bernardo Santos, que iniciou os seus estudos musicais aos 10 anos de idade na Escola de Música do Colégio de São Teotónio, em Coimbra, na classe da professora Klara Dolynay. Em 2013, concluiu o 8º grau nesta escola com a classificação máxima. Prosseguiu os seus estudos na Universidade de Aveiro com o professor galardoado com o Prémio Município de Aveiro, atribuído ao melhor aluno do curso de música da Universidade de Aveiro a terminar a graduação. Na vertente de Música de Câmara, estudou com o pianista e compositor António Chagas Rosa. Terminou recentemente a componente de piano relativa ao seu Mestrado com classificação máxima (20 valores). Concluiu também estudos de pós-graduação com o pianista Josep Colom no Conservatori del Liceu, em Barcelona. A nível de investigação, Bernardo Santos tem realizado estudos sobre a obra de Frederico de Freitas, sendo responsável pela edição crítica e publicação do Tema e Variações deste compositor. Desde o início dos seus estudos que participa regularmente em concursos nacionais e internacionais, destacando-se a sua participação no Concurso Internacional do Conservatório Russo Alexander Scriabin (Paris), onde recebeu o 3º prémio, em 2013, na categoria superior. Tem participado também em masterclasses dos pianistas Aquilles Delle Vigne, Artur Pizarro, Boris Berman, Carles Lama, Fausto Neves, Guigla Katsarava, Heribert Köch, Josep Colom, Jun Kanno, Luiz de Moura Castro, Manuela Gouveia, Mattia Ometto, Nancy Lee Harper, Pamela Mia Paul, Paul Badura-Skoda e Yi Wu. Colaborou diversas vezes com a Orquestra Clássica do Centro e a Orquestra Filarmonia das Beiras, tendo-se apresentado sob direção dos maestros António Vassalo Lourenço, Artur Pinho Maria, Charles Gambetta, David Wyn Lloyd e Kira Omelchenko. Participou em 2017 no festival “Mastering the Concerto”, na Bulgária, tendo tocado com a Vidin State Philarmonic Orchestra. No âmbito deste festival, foi distinguido com o prémio “Outstanding Soloist”, que inclui um novo concerto com esta orquestra na temporada de 2018. Apresentou-se em recitais em Aveiro, Coimbra, Lisboa, Maia, Porto, Portimão, Friburgo, Rio de Janeiro, São Paulo e no prestigiado Elgar Room, no Royal Albert Hall, em Londres. Além disso, apresentou-se recentemente a solo no Tonhalle Düsseldorf, a convite do Consulado Português dessa cidade. Foi um dos artistas convidados para o II Festival Internacional de Jovens Pianistas, em Amarante e é o artista residente do ano 2017 da Fundação Dionísio Pinheiro, em Águeda. A nível de música de câmara, tem-se apresentado em concerto com o tenor André Lacerda, com o violinista Tiago Melo, o clarinetista Nuno Faria e o com os pianistas André Piolanti e Diego Caetano.

Programa Músicas do Acervo | Bernardo Santos

E. Granados: Allegro de Concierto, Op. 46
A. Fragoso: Nocturno em Sib menor
Berta Alves de Sousa: O Alfabeto em Música
Frederico de Freitas: Tema e Variações

Programa da 2.ª Temporada do ciclo Músicas do Acervo

09 de Março – Bernardo Santos
13 de Abril – Duarte Pereira Martins
04 de Maio – Philippe Marques
01 de Junho – Academia de Música de Telheiras
08 de Junho – Diego Caetano (BR/USA)

Sempre às 19 horas

Comissário: Adriano Nogueira

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