ORBITS 2018, vai decorrer entre os dias 22 e 24 de Junho, vai ter lugar no Parque de Campismo de S. Gião – Oliveira do Hospital. Será a primeira edição deste festival, que mais do que um festival, pretende ser um espaço de encontro, uma experiência mobilizadora e universal para exploradores dos tempos modernos.
Centrado numa programação musical direcionada para o techno e suas diversas vertentes, o evento abrangerá ainda a electrónica ambiental e experimental, artes visuais, instalações, performances, cenografia, e outras áreas artísticas, numa experiência integrada entre público, comunidade local e natureza.
Este festival dá sequência ao trabalho efectuado de há um ano a esta parte pelo Gare Club [Porto] através das sessões Orbits Gare, juntando agora uma série de artistas que são da maior relevância e pertinência apresentar neste contexto. Da primeira vaga de nomes fazem parte: A Sacred Geometry, Aurora Halal, Blind Observatory , Burnt Friedman, Dj Deep, Evigt Mörker, Fjäder, Hydrangea, Jane Fitz, Peter Van Hoesen, re:ni, Retina.it e Wata Igarashi.
Num cenário idílico onde pontificam as árvores de grande porte e uma praia fluvial, o festival vai dispor de duas áreas musicais, uma área de campismo com respectivas infraestruturas, parque de automóveis e caravanas, e uma área de restauração variada que inclui alimentação biológica e produtos locais. A preocupação ecológica assume-se como pilar deste encontro . A preocupação em deixar a menor pegada possível, reflecte-se nos materiais de construção utilizados, na escolha de casas de banho de composto, copos reembolsáveis, comunicação, entre outros. Dada da distância dos principais centros urbanos nacionais [Lisboa e Porto] e a previsível grande
afluência de público internacional, o festival coloca à disposição um serviço de transporte entre os aeroportos e o local do evento, bem como entre Oliveira do Hospital e o parque de campismo de S. Gião.
A tragédia dos incêndios de 2017 que fustigou toda a área florestal do concelho de Oliveira do Hospital, não é indiferente à organização do ORBITS 2018, ficando a promessa que serão desenvolvidas acções que apoiem a reflorestação da zona envolvente ao parque de campismo de S. Gião, com a ajuda de todos os participantes.
Os bilhetes para o ORBITS 2018 podem ser adquiridos aqui.
O cartaz da 3ª edição do Lisboa Dance Festival continua a compor-se de artistas que fazem a diferença nas respectivas áreas electrónicas. O techno de TRUNCATE e a coqueluche ibérica BAWRUT constituem as duas mais recentes confirmações de um cartaz que começou a ser desvendado com artistas de renome como a britânica NAO, os norte-americanos NOSAJ THING e OCTAVE ONE, bem como o produtor ligado a ícones como Hot Chip (JOE GODDARD) e ainda MIDLAND, ROMARE, LEON VYNEHALL, OPTIMO, entre outros conceituados da cultura electrónica mundial.
A 9 e 10 de Março, o Hub Criativo do Beato serve de palco a esta celebração que se estende por dois dias, destacando-se as 12h de música prevista para sábado (10/03), durante esse período a música não pára por um segundo. O cartaz de 2018 apresenta uma selecção de artistas de todo o mundo (dos EUA a Itália, passando por Alemanha, Noruega e Reino Unido) com especial enfoque na produção nacional, com nomes de diferentes áreas como XINOBI, MIRROR PEOPLE, ANTONIO BASTOS, DJ GLUE, KKING KONG, e outros.
Às novidades hoje apresentadas, acrescentamos outra que muito nos orgulha: pelo segundo ano consecutivo, o Lisboa Dance Festival está nomeado para os Iberian Festival Awards, desta vez em 5 categorias: Best Medium-Sized Festival; Best Line-Up; Best Indoor Festival; Best Communication e Best Infrastructure. Recordamos que, na edição 2017, o LDF foi distinguido como Best New Festival e Best Indoor Festival!
Os últimos passes para o Lisboa Dance Festival 2018 custam 30€ (edição limitada), a seguir passa para 40€ e mais adiante para 50€. O bilhete diário custa 30€.
Lisboa Dance Festival: a maior celebração da música electrónica.
Techno. Palavra de ordem quando se fala de David Flores (aka Truncate). Pode-se acrescentar techno, mais techno, mais techno. Da costa oeste dos Estados Unidos da América começaram a chegar boas novas relativas a este nome – Truncate – e artistas como Marcel Dettmann, Ben Klock, Modoselektor, entre outros, começaram a destacá-lo. Ficou obrigatório uma tour pelas catedrais da eletrónica como Berghain (Berlim), Fabric (Londres), Wombs (Tóquio), Awakenings (Amsterdão). Lisboa é paragem obrigatória. A hora é de techno. Reforçamos: techno.
O caminho começou em Itália (onde nasceu) até à Madrid central onde está sitiado. Bawrut destaca-se muito nos últimos 2 anos pela diferença que tem imprimido no seu trabalho. Até pela razão de não ser um “berliner” ou mesmo adotado pelo UK, Bawrut arrebatou muito recentemente um Sónar extasiado pela força do seu set. Fala-se de acid house e muitos indicam que é redutor. O Lisboa Dance Festival serve de tira-teimas.
O NOVO LOCAL – HUB CRIATIVO DO BEATO
Um antigo complexo fabril estilo Estado Novo, que foi durante a Guerra Colonial um centro de produção e armazenagem de bens alimentares para as Forças Armadas, situado no Beato – uma das zonas da cidade mais efervescentes, com um forte cunho underground.
O Hub Criativo do Beato propõe-se ser um dos maiores pólos de empreendedorismo e inovação na Europa, com uma forte presença das indústrias criativas que irão poder explorá-lo, de palco em palco, pelas salas mais improváveis, durante os 2 dias de Lisboa Dance Festival.
CARTAZ CONFIRMADO:
NAO | NOSAJ THING (LIVE) | JOE GODDARD (LIVE) | OCTAVE ONE
MIDLAND | MONOLOC | ROMARE (Full Live Band) | STEFFI
TRUNCATE | MAX GRAEF | LEON VYNEHALL | OPTIMO | SAOIRSE
MIRROR PEOPLE | XINOBI | BAWRUT | MOOMIN
KKING KONG | PRINS THOMAS | MVRIA | RASTRONAUT
GPU PANIC | RAMBOIAGE | DJ KITTEN | DUPPLO
ANTONIO BASTOS | PARAGUAII | DJ GLUE | SHAKA LION
Lisboa Dance Festival 2018
Hub Criativo do Beato
9 e 10 de Março
Os Paraguaii estão confirmados no Lisboa Dance Festival que estará de regresso à cidade entre os dias 9 e 10 de Março de 2018. Com espaço novo no horizonte, no HUB CRIATIVO BEATO, o evento voltará a mostrar alguns dos nomes emergentes e mais consagrados da música electrónica portuguesa e mundial. Os vimaranenses Paraguaii integram o contingente nacional, este ano reforçado pela promotora.
Antes do fim do ano, a banda passará ainda pelo Espaço A, em Freamunde (9 de Dezembro) para apresentar Dream About The Things You Never Do, o novo disco editado pela BLITZ Records e Sony Music Entertainment em Março deste ano.
Entre 11 e 20 de agosto todos os caminhos vão dar à praia fluvial de Pampilhosa da Serra, para assistir ao Seaside Sunset Sessions, um evento de entrada gratuita. O cartaz da 4ª edição do eco-festival de música eletrónica está oficialmente fechado e conta com os DJs Mastiksoul e Juicy M como cabeças de cartaz das noites de 18 e 19 de agosto. Atuando em cima de um palco flutuante sobre o rio Unhais os DJs convidados prometem noites quentes com muita energia e a melhor música do momento, rodeados por uma envolvente natural de eleição.
A DJ internacional Juicy M, já considerada a “Melhor DJ Feminina do Ano” pela ProDJ em 2010, é a cabeça de cartaz da noite de 19 de agosto, noite em que também atuam Club Banditz e Joana Perez. A 18 juntam-se a Mastiksoul, Van Breda e Rob Willow. Oskar DJ é presença assídua nas duas noites.
Promovido pela Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra e organizado pela LusoEvents, com o patrocínio oficial da Seaside, o Seaside Sunset Sessions está a ultimar os preparativos para a sua 4ª edição. Em 2016 este festival de entrada livre contou com mais de 16 mil festivaleiros das mais variadas idades, número que os promotores esperam superar nesta edição.
Em parte, para atingir este objetivo, contribui o cartaz musical já fechado que tem como noites fortes o 18 e 19 de agosto, noites em que os festivaleiros contam com a atuação de alguns dos maiores nomes da atualidade do universo da música eletrónica. Na sexta-feira, Mastiksoul, Van Breda, Rob Willow e Oskar DJ são os senhores da festa.
No sábado, 19 de agosto, a cabeça de cartaz é a DJ Juicy M mas na mesma noite atuam também Club Banditz, Joana Perez e, novamente Oskar DJ que prometem fazer vibrar a pista de dança da Praia Fluvial de Pampilhosa da Serra.
Mas não é apenas de música eletrónica que este festival se faz.
Por entre a riqueza natural que envolve a região e cativa, pela beleza endémica e única e pelos seus habitantes tem vindo a tomar forma um festival com características ímpares. Um festival mágico, rodeado por vales, montanhas e florestas encantadas onde habitam os seres mais encantadores. Um festival que leva à praia fluvial de Pampilhosa da Serra uma experiência inigualável. Um festival capaz de nos transportar para um mundo de fantasia, aqui tão perto. Um festival que se desenvolve e cria raízes num ambiente que guarda o que mais puro existe – a Natureza no seu estado mais puro.
É nesta envolvente que nasce o conceito Naturia, que o município pretende promover durante o Seaside Sunset Sessions, e que caracteriza a experiência que se vive na Pampilhosa da Serra: uma região do interior do país que vive sob um ritmo diferente das grandes cidades – mais calmo, pro-natura – e que privilegia a vitalidade que emana dos seus recursos, preservados no seu estado mais puro ao longo dos tempos, bem como os saberes das suas gentes e as suas origens.
Para além do património natural, cultural e etnográfico, o festival Seaside Sunset Sessions promove um contínuo programa de actividades. As sunset parties diárias, as variadas aulas de grupo, workshops, aulas de dança, artes performativas, animação de rua, desportos radicais e insufláveis aquáticos fazem parte de todo o programa de actividades disponibilizado ao longo dos dez dias do evento.
Para que os festivaleiros possam usufruir plenamente deste festival a organização disponibiliza todas as comodidades necessárias. Para além do palco e pista de dança, esta última localizada sobre o Rio Unhais, o Seaside Sunset Sessions conta com a zona dos bares e food street, este ano com maior oferta, mais sombras e mais lugares sentados.
Foi também alargada a zona de camping, que se mantém gratuito, e haverá também a opção de glamping à semelhança do ano passado a preços reduzidos. Zonas específicas de estacionamento, zonas de carregamento de telemóveis e Wi-Fi gratuito, e para um maior conforto a organização providencia para esta edição mais áreas sombreadas e maior extensão de pavimento relvado e alcatifado. Para efetuar as reservas para estadias nos alojamentos glamping em breve estará disponível no website oficial do festival uma plataforma que permitirá registar as inscrições.
O Seaside Sunset Sessions é também um festival com preocupações ecológicas e por isso, à semelhança do que aconteceu nos anos anteriores, a organização continua a apostar na implementação de medidas eco-friendly, como a utilização de iluminação de baixo consumo e a distribuição de eco-pontos por várias áreas do recinto, para além da sensibilização para um consumo responsável dos recursos. A título de exemplo, a organização enviou para reciclagem os copos que foram utilizados durante o festival na edição anterior, mantendo desta forma a praia limpa e a vertente ecológica em prática.
O aumento das emissões de carbono durante os dias do evento é outra preocupação da organização que procura incentivar à partilha do transporte privado entre festivaleiros e à utilização do transporte coletivo. Há dois anos para compensar esta emissão extra de carbono e para recuperar a mancha florestal da região, dizimada pelos incêndios, plantámos medronheiros que são arbustos conhecidos por poderem travar o avanço dos incêndios e que têm uma capacidade de regeneração muito grande.
Conheça o festival Seaside Sunset Session e acompanhe as novidades em www.sunsetsessions.pt.
Este é um evento a não perder em agosto, porque entre os dias 11 e 20, a Praia Fluvial de Pampilhosa da Serra volta a receber o Seaside Sunset Sessions, o eco-festival de montanha que alia a melhor música eletrónica a atividades de pura interação com a natureza. Na sua 4ª edição este evento de acesso totalmente gratuito, tem já confirmada a presença de Mastiksoul, que será o cabeça de cartaz da noite de 18 de agosto.
Promovido pela Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra e organizado pela LusoEvents, com o patrocínio oficial da Seaside, o Seaside Sunset Sessions oferece aos fãs de música eletrónica muitas e boas horas a ouvir alguns dos melhores DJs nacionais e internacionais, entre residentes e convidados.
Mastiksoul, considerado um dos melhores produtores de dance music do mundo e uma verdadeira lenda com mais de 25 anos de carreira na música eletrónica, é a primeira grande confirmação do festival, sendo o cabeça de cartaz de 18 de agosto.
O Seaside Sunset Sessions dá-lhe música mas não só. A vertente eco friendly deste festival, a que se mantém fiel desde da primeira edição realizada em 2013, tem conquistado cada vez mais festivaleiros, muitos jovens e cada vez mais famílias.
A decorrer na Praia Fluvial da Pampilhosa da Serra, praia de bandeira azul, banhada pelas águas frescas e límpidas do rio Unhais, o Seaside Sunset Sessions é um convite a um mergulho na Naturia, conceito que caracteriza a experiência que se vive na Pampilhosa da Serra. Nesta região interior do país sente-se como em nenhuma outra a energia e a força que emana da natureza no seu estado mais puro. Aqui o ar que se respira é mais revigorante, o tempo corre a um ritmo pro-natura, longe do bulício das grandes cidades.
Para além de desfrutar da paisagem natural e de refrescantes banhos na praia fluvial, os festivaleiros contam com um amplo programa de atividades idealizado para entreter toda a família. Para além das sunset parties com os melhores DJs, há aulas de grupo, workshops, desportos radicais, insufláveis, entre muitas outras atividades.
Para usufruir plenamente deste festival a organização disponibiliza todas as comodidades necessárias com áreas específicas de estacionamento, bares e food street, WCs, palcos e pistas de dança, zona VIP, para além da área de camping gratuito e alojamentos glamping, disponíveis a preços reduzidos.
Aliando um cartaz da melhor música eletrónica produzida em Portugal e no estrangeiro a uma eco experiência, com atividades para toda a família, em que se promove a sustentabilidade e relação harmoniosa dos festivaleiros com a riqueza natural envolvente, o festival recebeu em 2016 mais de 16 mil participantes no recinto e espera em 2017 superar este número.
Falta uma semana para arrancar a 2ª edição do Lisboa Dance Festival, o festival que pôs Lisboa a mexer em 2016 e que pretende dar uma visão 360º da música electrónica.
Dois dias de celebração, 20h de música e mais de 40 artistas de música electrónica nas suas mais variadas vertentes, na Lx Factory.
Hercules & Love Affair, Marcel Dettmann, Mount Kimbie, Jessy Lanza, Hunee, George Fitzgerald, Dekmantel Soundsystem e Tokimonsta, na Fábrica XL, são os cabeças de cartaz mas, em 2017, o Lisboa Dance Festival quis ir mais longe e convidou 2 artistas portugueses para fazer a Curadoria da Carlsberg Room @ Zoot: Branko e Moullinex.
A Kia Rio Room @ The Dorm, uma das novas salas a abraçar o LDF, vai receber um conceito diferente de experienciar música e que tem proporcionado momentos irrepetíveis: o B2B, as “batalhas” entre DJs que, no Lisboa Dance Festival, também vão acontecer entre jornalistas e divulgadores de música.
Pelo segundo ano consecutivo, o LDF aposta na divulgação da música portuguesa de cariz mais electrónico através do Clube Antena 3 @ Livraria Ler Devagar.
Não esquecendo o Market, as Talks e as Masterclasses organizadas novamente por Rui Miguel Abreu, na Fábrica L, durante toda a tarde de sábado, e com entrada gratuita.
São muitos os motivos para não perder a 2ª edição do Lisboa Dance Festival. A presença é obrigatória!
50€ Passe 2 Dias – 01 a 10 Mar
30€ Bilhete Diário
25€ Passe 2 Dias Early Bird – ESGOTADO
35€ Passe 2 Dias – Até 31 Dez – ESGOTADO
60€ Passe 2 Dias – Xmas Pass – ESGOTADO
78€ Passe 2 Dias – Pack Love Affair – ESGOTADO
45€ Passe 2 Dias – ESGOTADO
Os bilhetes ainda disponíveis podem ser adquiridos aqui.
“Dream About The Things you Never Do” é, assumidamente, o registo mais pop dos Paraguaii. São oito temas que propõem um jogo constante entre os universos mais dançantes da música electrónica, nascida ou devedora dos anos 80, e a genética rock do colectivo.
Composto, gravado e produzido pela própria banda, o segundo registo de originais desconstrói a rotina dos dias, atacando o carácter mortífero do comodismo e do hábito ao mesmo tempo que se fala de mulheres fatais, sonhos e virgindades espirituais.
“Não existe, entre etimólogos e historiadores, um consenso no que diz respeito às origens do nome “Paraguai”. Entre as várias hipóteses apontadas, contam-se “nascidos da água” (de “para”, “água”, e “guay”, “nascido” em linguagem guarani), “rio que corre através do mar” (segundo o historiador Paul Groussac) ou “rio dos habitantes do mar” (segundo o poeta e ex-presidente do Paraguai, Juan González). Assim como o país que lhes dá nome é um mistério, também os Paraguaii o são, em termos puramente sonoros. É isto pós-punk? É isto space rock? É isto uma banda rock que sabe dançar – e quem disse, na verdade, que as bandas rock não sabem dançar?
Não chegaremos a nenhuma conclusão definitiva, até porque os Paraguaii são tudo isso, e até mais. Conhecemos-lhes as origens: encontraram-se em cima de um palco, algo fez faísca e gerou uma ideia. Em 2014, o projecto toma forma a partir da ideia. O mês de Dezembro marcou o lançamento de “She”/”Tucano Baby’s”, single que haveria de dar lugar a um EP, que haveria de dar lugar a um disco – tudo isto no espaço de apenas dois anos, sinal de uma criatividade febril, o género de criatividade que só nasce através de uma vontade louca e de um excelente relacionamento entre todos os envolvidos. Quando assim é, poucas ou nenhumas forças conseguem travar tamanho comboio em alta velocidade.
O mais que conseguirão é entrar a bordo, juntar-se-lhes nesta viagem por milhentos espaços, sejam os palpáveis (o baixo pulsante via Factory, uma guitarra eléctrica tropical e caliente), sejam os imaginados (sobretudo através dos sintetizadores e órgãos que, qual nave espacial, transferem a música dos Paraguaii para um sideral desconhecido). Este é o seu segundo álbum, que não vai obter qualquer definição consensual da parte dos que o escutarem – pelo menos a nível de género musical. Talvez o possamos soletrar de acordo com o título de um dos temas: “Free And Wild”. Ou talvez o possamos levar para laboratório, dissecar o caldeirão em que se encontra a sopa. E claro que, em vez de o pensarmos, poderemos simplesmente dançá-lo. As luzes a isso nos obrigam.
O primeiro single, “Straight or Gay”, já está disponível para escuta online no bandcamp da banda. Com selo Sony/Blitz Records, o disco estará disponível a 31 de Março nas várias plataformas online.
Com três anos de existência, os Paraguaii editaram um EP homónimo (2015) e “Scope” (2016), donde se extraíram os singles “Scope”, “Godz” e “Alien Love”, todos com excelente aceitação nas rádios nacionais.
“Dream About The Things You Never Do” será apresentado por todo o país ao longo dos próximos meses.
TOUR DE APRESENTAÇÃO:
31 de Março . Casa Independente, Lisboa 13 Abril . Festival Walk & Dance, Freamunde 28 Abril . Casa das Artes, Vila Nova de Famalicão 5 Maio . Centro Cultural Vila Flor, Guimarães 12 Maio . Roquivários, São Pedro do Sul 13 Maio . ACERT, Tondela
David Bowie morreu há um ano. Depois das inúmeras homenagens feitas ao lendário cantor através de cinema, debates, concertos, reedições discográficas e exposições, Lisboa também o vai recordar.
Com uma carreira extraordinária que abriu caminhos no glam rock, no rock alternativo, na música eletrónica, na moda e nas artes visuais, David Bowie teve várias vidas, de Ziggy Stardust a Thin White Duke, mas morreu a 10 de janeiro de 2016, dois dias depois de ter completado 69 anos e de ter editado o disco “Blackstar”. Então Tony Visconti, o produtor musical norte-americano afirmou que a morte do músico não foi diferente da vida, “foi uma obra de arte”, tendo-se então percebido que “Blackstar” o seu último disco havia funcionado como uma carta de despedida. Acabou por ser considerado como um dos melhores álbuns do ano.
Tão impressionante legado não poderia ser esquecido, e um ano depois do desaparecimento do músico, a data é assinalada em várias cidades, juntando-se Lisboa a Londres e Tóquio entre outras cidades, onde acontecerá um debate sobre o percurso e a obra notável do artista no Centro Cultural de Belém, moderado pelo jornalista Nuno Galopim no próximo domingo, data em que David Bowie completaria 70 anos.
Estarão ainda presentes o crítico de cinema João Lopes, a cantora Xana dos Rádio Macau, o antigo editor David Ferreira e o músico David Fonseca, que prepara, para fevereiro, a edição de um álbum em torno do repertório de Bowie, com a participação de vários convidados, entre os quais António Zambujo e Camané.
Também no domingo, em Tóquio, é inaugurada a exposição “David Bowie is”, organizada pelo Victoria & Albert Museum de Londres e que tem estado em périplo internacional. A exposição – que em maio estará em Barcelona – reúne cerca de 300 objetos, fotografias e documentos pertencentes ao criador de “Space Oddity”.
Em Londres, no domingo, acontecerá, no O2 Academy Brixton, o concerto “Celebrating David Bowie”, liderado pelo ator Gary Oldman, amigo de Bowie, com a participação de muitos dos músicos que tocaram com ele. O espectáculo tem sido replicado em várias salas e em Londres já está esgotado. É na capital inglesa que está ainda em cena, por estes dias, o musical “Lazarus”, de David Bowie e Enda Walsh, que teve estreia mundial há mais de um ano, em Nova Iorque, e que o músico preparou já doente.
Para fevereiro deste ano está agendada uma nova edição comemorativa dos 40 anos da música “Sound and Vision”, retirada do álbum “Low”, de 1977, com produção de Bowie e Tony Visconti, e participação de Brian Eno.
É nesse mês que acontecerá ainda a cerimónia dos prémios Grammy, para a qual “Blackstar” está nomeado, a título póstumo, para melhor álbum alternativo.
Pelo terceiro ano consecutivo, o blogue BranMorrighan leva a comemoração do seu aniversário ao Musicbox Lisboa com três projectos que representam o que de melhor se está a fazer em Portugal. Esta sexta, a partir das 22h30, sobem ao palco do clube lisboeta os First Breath After Coma, que contarão com a participação de Noiserv, Mira Un Lobo! e Daily Misconceptions. Os bilhetes já se encontram à venda por €7,50 na bilheteira online, Musicbox e locais habituais.
FIRST BREATH AFTER COMA, participação de Noiserv
2013 marcou o aparecimento dos First Breath After Coma quando lançaram “The Misadventures of nthony Knivet”, que os levou a rádios internacionais e festivais como Monkey Week e Bons Sons. Em 2016, “Drifter” marcou o regresso da banda aos discos e contou com a colaboração de convidados como Noiserv e André Barros. “Salty Eyes” foi o primeiro single, com vídeo de Vasco Mendes, ao qual se sucedeu “Umbrae”. Desde Maio já encheram salas em Leiria, Porto, Coimbra e Lisboa, passaram pelo palco Vodafone.FM no Festival Paredes de Coura e foram seleccionados para representar Portugal em festivais como Reeperbahn e Eurosonic (a realizar em Janeiro de 2017). Entretanto, também já passaram por Espanha, França, voltaram à Alemanha, e recentemente estiveram em Londres, Inglaterra, com concerto esgotado e já têm regresso marcado. Antes de rumarem ao Eurosonic, passam pelo Musicbox e contarão com a presença especial de Noiserv que para além da participação na Umbrae poderá reservar outras surpresas.
MIRA, UN LOBO!
Há algo em Mira, un Lobo! que atinge o nervo poético de algumas das referências do nosso tempo: o blogger americano Kavit Sumud (“The Sights and Sounds”, “Indie Shuffle”) caracteriza-o como “complex electronica, cascading circadian rhythms … serotonin streams and dopamine dancefloors”. O blogue inglês “Repeat Button” maravilha-se com as paisagens exuberantes que são “unbelievably, inexplicably, insanely intoxicating”, “[finding] synths so sublime I feel like maybe heaven is actually here on earth.” Depois de se estrear nos palcos além-fronteiras, o inicio de 2017 foi o momento escolhido pelo artista para se apresentar, finalmente, ao vivo em território nacional. O lobo, outrora solitário, faz-se agora acompanhar em concerto dos músicos Eliana Fernandes (voz e sintetizadores) e Nuno Lamy (Sintetizadores e guitarra). A data escolhida para esta primeira atuação em Portugal, dia 6 de Janeiro, serve também para celebrar o aniversário de um dos blogues que mais apoio tem dado aos novos talentos nacionais, o Bran Morrighan. Avizinha-se uma noite à flor da pele, onde os sentidos se conjugam ao sabor do mais intenso balanço sonoro.
DAILY MISCONCEPTIONS
Daily Misconceptions é o alter ego de João Santos, um projecto de música electrónica sediado em Lisboa e que desde a primavera de 2016 tem vindo a apresentar “Our Little Sequence of Dreams” um pouco por todo o país. O primeiro LP de Daily Misconceptions é um delicioso embrulho que encerra sete canções perfeitamente balançadas entre a electrónica e a pop, deliciosamente cândidas e sonhadoras e que pedem para ser vividas sem qualquer urgência. Neste disco, as canções que mais parecem vinhetas deliciosamente oníricas deixam a descoberto uma atenção minuciosa às texturas e às melodias quase inocentes, que nos deixam rendidos e embevecidos desde o primeiro segundo. Neste concerto para o aniversário do Bran Morrighan estará como sempre acompanhado pela artista visual Sara Esteves, que transforma todos os momentos numa espécie de espectáculo de cinema expandido. A sua presença enaltece a relação simbiótica entre música e imagens tão própria de Daily Misconceptions, usando as falsas ideias quotidianas, de texturas orgânicas e coloração indefinida, como a matéria prima para a criação de um mapa sincero, mas imprevisível. Vai ser especial.