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FUNCHO É O PRIMEIRO LEGADO

Se o nome Funchal (a capital da ilha da Madeira) tem como raiz a palavra funcho, há que respeitá-lo como a dignidade que a ancestralidade merece. Reza a lenda que os primeiros povoadores da ilha, ao chegarem a terra firme, se surpreenderam com uma imensidão de erva selvagem, de cheiro doce: funcho. É comum afirmar-se que a erva adocicada deu nome à cidade e fez parte desde sempre dos temperos locais. Até que foi sendo substituído por outros, menos frescos e autóctones.

É a recuperação de um passado de sabores, eventualmente esquecido ou relegado para segundo plano, num trabalho de colaboração estreita com produtores e pescadores locais, a razão de ser do projeto Legado.

Trata-se de uma iniciativa que une a vontade de autenticidade e sustentabilidade do Terreiro – restaurante inaugurado recentemente no Funchal, pelas mãos dos Chefs Alexandre Henriques e Francisco Silva, com o savoir faire histórico da marca Savoy Signature e com o conhecimento e experiência do consultor gastronómico Nuno Nobre.

Cada Legado é uma viagem, uma história, um álbum de sabores que traz de volta à mesa o receituário da Madeira. Cada Legado terá um produto local eleito como convidado de honra que marcará presença ao longo de todo o menu. Cada Legado é um momento único e irrepetível.

O primeiro jantar Legado realiza-se no dia 5 de fevereiro e é um relato gastronómico da chegada dos descobridores à ilha.

Com sete momentos distintos – mais um de chegada onde o dentinho é rei – o percurso começará com um momento que nos remete para a época com o que se comia nas embarcações acompanhado de um caldo marinho simbolizando o momento ainda passado no mar. Segue-se a descoberta da ilha de Porto Santo que será marcada com um saboroso mas nem sempre lembrado habitante da ilha: o coelho. O terceiro momento é o da chegada à ilha da Madeira com o funcho em todo o seu esplendor. Depois de achada a região, foi preciso povoá-la e o quarto momento reflete esse necessidade de criar raízes aproveitando ao máximo a fertilidade da ilha mas com um toque do paladar dos homens que a descobriram, na sua maioria originários do norte de Portugal e do Algarve. Mas porque os descobrimentos portugueses foram globais não há como ignorar que João Gonçalves Zarco – o primeiro a deter a capitania do Funchal – também tenha andado pelo norte de África e é esse contágio de sabores e aromas que vai estar presente no quinto prato. Por fim, a história traz-nos a 2019 e à abertura do restaurante Terreiro com dois momentos que prometem ser uma festa de celebração que começa no século XV, data do início do povoamento da Madeira, e chega até aos dias de hoje.

Como todas as viagens que valem a pena esta também tem lugares limitados. Custa 60 euros por pessoa com harmonização exclusiva incluída. Outras viagens e outros produtos locais estrela se sucederão – da Cana de açúcar (8 Abril) à Anona (4 Novembro), do Tunídeo (3 Junho) à Pimpinela (9 Setembro), entre outros. E como todas as viagens, o Legado que deixa é tornar-se inesquecível.

Jantar Legado Funcho

5 de Fevereiro às 19h30

Restaurante Terreiro

Rua Imperatriz D Amélia, 107

9004-542 Funchal

Madeira, Portugal

Informações e reservas:

Preço: 60€ por pessoa (harmonização exclusiva de cocktails e vinhos incluída)

Lugares limitados, reserva obrigatória para o email: reservas@terreiroconcept.com

PRIMEIRA OURIÇARIA EM FORMATO POP UP ABRE NO MERCADO DA ERICEIRA

primeira Ouriçaria nacional, em formato pop up, abre agora no Mercado Municipal da Ericeira e ficará até abril – os meses correspondentes à época dos ouriços. Assim, às quintas e sextas das 10h às 14h e sábados e domingos das 10h às 18 horas, na localidade cujo nome é já um hino ao ouriço, poderemos provar e aprender mais sobre este manjar do mar.

Já não é segredo para ninguém, que o ouriço-do-mar é umas das grandes iguarias gastronómicas da nossa costa. O que ainda não havia era um local que, por um lado, lhe prestasse a devida homenagem e, por outro, o aproximasse de quem o quer conhecer melhor. E provar, claro.

Pelas mãos de Nuno Nobre, consultor gastronómico e um entusiasta do mar, a Ericeira ganha assim um espaço onde todos são bem-vindos para esclarecer dúvidas, onde se vão partilhar ideias, fazer casamentos mais ou menos improváveis entre o ouriço e outros produtos endógenos da região e onde é possível aprender – a abrir um ouriço, por exemplo.

E o menu é uma festa de sabores. Além do Ouriço ao Natural (para consumir na hora ou levar), haverá Sopa de Ouriço e Algas, Salada de Ouriço com Raia e a Malga Jagoz (uma poke com peixe local do dia). Tudo acompanhado por vinhos de produtores da região: Adega Cooperativa da Azueira, Manz Wines e Quinta de Sant’Ana.

Com o apoio do Município de Mafra, responsável pela divulgação e valorização desta delícia marinha através da realização anual do Festival Internacional do Ouriço-do-Mar desde 2015 (6.ª edição em 2020), Nuno Nobre vê assim realizado mais um sonho. No âmbito do Festival, projeto Ouriceira Mar e com assinatura Acepipe, o seu novo projeto com o chef Luis Rodrigues, a Ouriçaria é o espaço que faltava para levar o caviar de Portugal às papilas gustativas de todos, portugueses e estrangeiros, que insistem na autenticidade e que fazem questão de se sentir integrados em projetos de impacto ambiental e sócio-económico.

E a Ouriçaria promete tornar-se lugar de romaria não apenas para os incondicionais do ouriço mas para todos para quem comer é também um ato lúdico e cultural.

 

© Fotografias de Jorge Simão

BISCA DOS 3 JOGA-SE NO LARGO DE SANTOS

Os Santos Populares estão a chegar à cidade e, com eles, mais uma Bisca dos 3. Os 3 são os mesmos – Nuno Nobre (consultor gastronómico) e os chefs Luís Rodrigues e Vasco Lello e, desta vez, o local é o Largo Vitorino Damásio, junto ao Largo de Santos, uma das zonas mais animadas das festas lisboetas.

 De 12 a 16 de Junho, entre as 17 e as 03 horas serão servidas três sandwiches (4 € cada) que prometem repetir o sucesso de outros Santos: a já famosa Trifana (com três partes do porco cozinhadas a baixa temperatura: barriga, bacon e cachaço), a de frango (trinchado com molho à Bairrada) e a de Bacalhau (assado na brasa). Ocasionalmente haverá um petisco surpresa tipicamente português. É só estar atento.

E porque festa não é festa sem brindes, haverá para acompanhar cerveja artesanal Mafarrica da 5 e Meio (1,5 €), vinho Cerejeiras da Companhia Agrícola do Sanguinhal (2,5 € o copo), cocktail baga sour (4,5 €) – elaborado como o peruano pisco sour mas com bagaço nacional – e shot de bagaço (2,5 €). A Bisca dos 3 é linda!

WINE IN AZORES – PARTIDA DE BISCA DOS 3 NOS AÇORES

De partida para mais um Wine in Azores, e depois do sucesso da primeira Bisca, o jogo continua! Desta vez os três – Nuno Nobre, gastrónomo; Luís Rodrigues, chef da Pousada de Lisboa (Pestana Hotels) e Vasco Lello, chef do Memmo Príncipe Real Hotel – vão até aos Açores para uma partida naquele fantástico evento, que se realiza na Ilha de São Miguel, no Parque de Exposições da Ribeira Grande.

Assim, de 19 a 21 de outubro, em Ponta Delgada, num pop up que promete surpreender (showcookings, tertúlias com figuras do universo gastronómico, entre outras iniciativas), vai poder provar-se um menu inspirado na cozinha tradicional do arquipélago açoreano em geral e da ilha de São Miguel em particular que tem como ponto de partida produtos regionais como o peixe (fresco e seco), o queijo, a carne de vaca, massa sovada, vários tipos de legumes e a tão local açafroa (uma especiaria única, que dá um sabor único aos alimentos).

Lado a lado com mais de uma centena de produtores de vinho que marcam presença na 10.ª edição do Wine in Azores, a ementa da Bisca dos 3 vai incluir duas sopas – Sopa de Peixe Seco da Graciosa e Sopa da Pedra Vulcânica – e as já famosas sandes Bisca mas desta vez servidas no bolo lêvedo da região. É o caso da célebre Trifana de Porco (um absoluto êxito na primeira Bisca realizada na Mouraria em junho passado), da Alcatra (com cortume e maionese de pimenta da terra), da Mística de Vaca (com ilha 24 meses e presunto de vaca) e do Prego de Lombo Açoreano (com manteiga de alho e açafroa). Mais há mais: Picapau de Polvo (com vinho de cheiro, linguiça e inhame), Chicharrinho & Chips (com maionese de algas) e outras surpresas que vão variando conforme a inspiração dos 3 da Bisca e dos produtos locais disponíveis.

No Wine em Azores vai ser assim. Para 2019 já estão a ser planeadas novas “partidas” de Bisca que vão desafiar a criatividade dos três mentores e as papilas gustativas de quem faz questão de “ir a jogo”.

18º ENDÒGENOS CELEBRA UM INGREDIENTE ÚNICO: A URTIGA

Dia 17 de Novembro, às 19h30, o restaurante Quinta do Gradil recebe o 18º jantar Endògenos. Desta vez os mentores do projeto desafiaram o Chef Daniel Sequeira, que desenvolve neste espaço, situado na zona oeste, o seu conceito gastronómico focado principalmente nos produtos locais da região.

Desde o início do ano que o Chef Daniel Sequeira e os mentores do Endògenos – António Alexandre e Nuno Nobre – investigam e desenvolvem um menu de degustação com este produto. O desafio tem como objetivo aproveitar a chegada das primeiras chuvas, que faz nascer algumas ervas muitas vezes mal amadas e esquecidas nos campos. Ervas como a urtiga, que tem importantes propriedades antioxidantes e nutritivas. A proximidade da serra de Montejunto à Quinta do Gradil forma um ecossistema propício para o crescimento deste tipo de ervas. Venha descobrir tudo sem se picar!

O menu de seis pratos, com harmonização vínica incluída (35€ por pessoa), desafia os participantes a conhecer esta erva que será valorizada com outros produtos locais:

Não respire
Pão, Cavala, Cabra e Leitão
Quente e picante
Canja de coelho
Castanhas, cogumelos shitake e urtigas
Bacalhau tinto em urtigas 
Urtigas, grão de bico, urtigas, lombardo e sames
Javali nas urtigas
Marmelos, broa de milho, feijão canário, manteiga de cabra e mel
Doces e picantes
Torta de urtigas, compota de dióspiro, gelatina de espumante e frutos do bosque

O Endògenos, criado em 2013 por Nuno Nobre, consultor em gastronomia e turismo na Nuno Nobre Consultoria, e António Alexandre, chef executivo do Lisboa Marriott Hotel, é um projeto que promove a preservação e valorização dos produtos locais portugueses, produtores e suas origens. Organiza tertúlias, menus tradicionais e jantares fine dinning que reúnem produtores, cozinheiros, chefs, jornalistas, líderes de opinião, enólogos e empreendedores.

 

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