“Esplendor na Relva”, de Elia Kazan, e “Aurora”, de F. W. Murnau, são as duas primeiras escolhas do cineasta João Mário Grilo, responsável pela programação do ciclo de cinema Esplendor na Relva, para dar início a esta iniciativa da Parques de Sintra, que decorre no Palácio de Monserrate de 1 a 22 de julho.
A primeira noite deste ciclo – 1 de julho, às 21h30 – é dedicada à obra-prima do romantismo americano dos anos 60 “Esplendor na Relva”, de Elia Kazan. O realizador constrói um dos mais dilacerantes e belos poemas de amor no cinema, oferecendo a Natalie Wood e a Warren Beatty os papéis das suas vidas. Neste filme, os atores interpretam um casal de adolescentes apaixonados, que vivem no estado do Kansas, no final da década de 1920. A família do rapaz não aprova o romance e obriga-o a ir estudar para Yale. Com a separação, a jovem enlouquece e é internada numa instituição psiquiátrica. Mas ao que parece um melodrama convencional, acresce o crash da Bolsa de Nova Iorque, em 1929, a pontuar a história, uma realização inspirada e interpretações irrepreensíveis, que fazem deste um filme de culto.
No domingo, 2 de julho, às 16h, será a vez do Auditório do Palácio de Monserrate exibir a joia do cinema mudo “Aurora”, de F. W. Murnau (realizador de “Nosferatu”). Filmado em 1927 é uma adaptação do conto “Viagem a Tilsit”, de Hermann Sudermann. “Aurora” transforma uma simples história de um triângulo amoroso num território metafísico repleto de suspense e dramatismo. Neste filme vencedor de três Óscares, um homem elabora um esquema para matar a esposa, ao mesmo tempo que é atormentado por uma sedutora mulher, com quem se envolve num romance vertiginoso. Esta longa-metragem é uma viagem, uma “aurora” do cinema mundial e, segundo François Truffaut, é “o filme mais belo do mundo”.
O ciclo de cinema “Esplendor na Relva” decorre de 1 a 22 de julho no Palácio de Monserrate, em Sintra. São 12 obras-primas da história do cinema para ver, muitas delas à noite e ao ar livre, uma experiência única que coloca a atmosfera dos filmes a fundir-se com o cenário natural da serra de Sintra.
Seja no auditório do Palácio de Monserrate, seja nos jardins (numa tela gigante, tendo o relvado como plateia e um autêntico anfiteatro natural), este ciclo de cinema Esplendor na Relva acrescenta novas dimensões ao conceito de “ir ao cinema”.
Programação
Ciclo de Cinema Esplendor na Relva em Monserrate
01/07 | sábado | 21h30
Esplendor na Relva (Splendor in the Grass) – 1961
(M/12)
De Elia Kazan
Duração: 124 minutos
Relvado de Monserrate
02/07 | domingo | 16h00
Aurora (Sunrise, A Song of Two Humans) – 1927
(M/16)
De F. W. Murnau
Duração: 94 minutos
Auditório do Palácio
07/07 | sexta-feira | 21h30
Sentimento (Senso) – 1954
(M/12)
De Luchino Visconti
Duração: 123 minutos
Relvado de Monserrate
08/07 | sábado | 16h00
As Leis da Hospitalidade (Our Hospitality) – 1923
(M/6)
De Buster Keaton
Duração: 87 minutos
Auditório do Palácio
08/07 | sábado | 21h30
Serenata à Chuva (Singin’in the Rain) – 1952
(M/6)
De Stanley Donen e Gene Kelly
Duração: 102 minutos
Relvado de Monserrate
09/07 | domingo | 16h00
Tempos Modernos (Modern Times) – 1936
(M/6)
De Charles Chaplin
Duração: 87 minutos
Auditório do Palácio
14/07 | sexta-feira | 21h30
Fantasia (Fantasia) – 1940
(M/12)
De Walt Disney
Duração: 124 minutos
Relvado de Monserrate
15/07 | sábado | 16h00
As Férias do Sr. Hulot (Les Vacances de Monsieur Hulot) – 1953
(M/6)
De Jacques Tati
Duração: 100 minutos
Auditório do Palácio
15/07 | sábado | 21h30
Ran – Os senhores da Guerra (Ran) – 1985
(M/12)
De Akira Kurosawa
Duração: 162 minutos
Relvado de Monserrate
16/07 | domingo | 16h00
Os Quatrocentos Golpes (Les Quatre Cent Coups) – 1959
(M/16)
De François Truffaut
Duração: 93 minutos
Auditório do Palácio
21/07 | sexta-feira | 21h30
Johnny Guitar (Johnny Guitar) – 1954
(M/12)
De Nicholas Ray
Duração: 110 minutos
Relvado de Monserrate
22/07 | sábado | 21h30
A Mulher que Viveu Duas Vezes (Vertigo) – 1958
(M/12)
De Alfred Hitchcock
Duração: 129 minutos
Relvado de Monserrate
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