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SOLISTAS DA METROPOLITANA APRESENTAM “FATA MORGANA” NO MUSEU DO ORIENTE

Os Solistas da Metropolitana, propõem uma curiosa combinação entre flauta e piano, que ressalta as diferenças entre os dois instrumentos, mas que resulta numa complementaridade vibrante, com “Fata Morgana”, o recital que o Museu do Oriente apresenta no dia 15 de Fevereiro, às 16.00. A entrada é gratuita.

Através de quatro obras de diferentes esferas do universo musical, a ancestralidade da flauta acomoda-se com naturalidade na sofisticação técnica do piano. Por seu turno, o piano resplandece num leque de possibilidades, que se estende desde o intimismo difuso ao aparato sinfónico. Diante da imponência visual e sonora deste, a sua aparente fragilidade transfigura-se em deslumbramento lírico, seja frugal ou acerbado, na virtuosa destreza de movimentos ágeis e rebuscados ou em registos soturnos arrebatadores.

As primeiras duas peças são trabalhos assinados recentemente, por dois compositores consagrados no panorama musical português. Amílcar Vasques Dias inspirou-se no efeito de miragem que por vezes se vislumbra no horizonte e que se conhece pelo nome “Fata Morgana”. A obra foi estreada nos Encontros Nova Música, realizados em fevereiro de 2017, em Vila do Conde. Três meses mais tarde, Sérgio Azevedo fez estrear a sua “Suite Inutile”, no âmbito da Semana da Composição promovida pela Escola Superior de Música de Lisboa, que agora é apresentada, em estreia, numa versão revista.

Recua-se depois até aos anos 1940, e em particular ao contexto dos exames finais do Conservatório de Paris, onde sempre se exigia aos estudantes que comprovassem as suas aptidões através da interpretação de uma criação contemporânea com elevado nível de dificuldade técnica e expressiva para o seu instrumento: são as célebres ‘Pièces de Concours’. Foi para esse propósito específico que os franceses Henri Dutilleux e Pierre Sancan compuseram as duas Sonatinas que completam este programa.

A entrada é gratuita, mediante levantamento de bilhete no próprio dia.

Programa:

Fata Morgana | Amílcar Vasques Dias (2)

Suite Inutile (estreia da versão revista) | Sérgio Azevedo (1)

Sonatina para Flauta e Piano | Henri Dutilleux (2)

Sonatina para Flauta e Piano | Pierre Sancan  (1)

Nuno Inácio [flauta (1)] | Janete Santos [flauta (2)] | Alexei Eremine [piano]

 

“Fata Morgana” – Solistas da Metropolitana

15 de Fevereiro, sábado

16.00

Duração: 75’

M/6 anos

Entrada gratuita, mediante levantamento de bilhete no próprio dia

RECITAL DE MARIA JOÃO PIRES NA GULBENKIAN TEM NOVO PROGRAMA

O recital de Maria João Pires, previsto para o dia 21 de março às 19:00, terá um novo programa e um convidado especial – o Coro Infanto-Juvenil da Universidade de Lisboa. A intercalar as duas últimas Sonatas para Piano de Beethoven, a pianista portuguesa partilhará o palco com um dos mais premiados coros juvenis em Portugal para interpretar obras de Schubert, Mendelssohn e Arvo Pärt.

Maria João Pires, tem vindo a desenvolver um trabalho próximo da voz e da música coral. Em 2012, na Bélgica, iniciou o projeto Partitura Choirs, uma rede de coros infantis destinados a crianças oriundas de ambientes socialmente desfavorecidos, como o Hesperos Choir. Ao longo da sua carreira, Maria João Pires tem dado especial atenção ao papel das arte na vida, nas comunidades e na educação.

NOVO PROGRAMA RECITAL DE MARIA JOÃO PIRES

Maria João Pires Piano
Coro Infanto-Juvenil da Universidade de Lisboa

Ludwig van Beethoven
Sonata para Piano n.º 31, em Lá bemol Maior, op. 110

Franz Schubert
Nacht und Träume, D. 827

Felix Mendelssohn-Barthóldy
“Trio dos Anjos” da Oratória Elias, op. 70

Arvo Pärt
Vater Unser

Franz Schubert
An die Musik, D. 547

Franz Schubert
Du bist die Ruh, D. 776

Johann Sebastian Bach
Prelúdio e Fuga n.º 8 em Mi bemol menor, BWV 853

Ludwig van Beethoven
Sonata para Piano n.º 32, em Dó menor, op. 111

PORTAS ABERTAS – RISING STARS NA GULBENKIAN COM ENTRADA GRATUITA

A 6.ª edição do Portas Abertas – Rising Stars, um dia inteiro dedicado à música com os mais promissores músicos europeus num ambiente festivo e informal, será no dia 16 de fevereiro, no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian.

Estas novas estrelas da música integram um programa desenvolvido pela ECHO – European Concert Hall Organisation, uma rede que engloba uma série de prestigiadas salas de concertos, da qual a Fundação faz parte. As instituições envolvidas nesta rede selecionam, anualmente, jovens músicos de excecional talento que, para além de receberem formação, têm a oportunidade de atuar nos diversos palcos associados, onde atuam os grandes intérpretes da música mundial.

Cabe a abertura do Portas Abertas – Rising Stars, ao jovem trompetista Simon Höfele que interpretará obras de Gershwin, Ravel, Miroslav Srnka e Georges Enesco.

Segue-se o recital do clarinetista Magnus Holmander com obras de Schumann, Arvo Pärt, Debussy, Luigi Bassi e Molly Kien. Mais tarde apresenta-se no palco do Grande Auditório a violinista Noa Wildschut para interpretar obras de Schubert, Joey Roukens e Prokofiev.
O violoncelista Pablo Ferrández apresenta obras de Max Bruch, Antón García-Abril e César Franck. Segue-se o português João Barradas (acordeão) com peças de Bach, Keith Jarrett e Luciano Berio. A terminar, sobe ao palco o Goldmund Quartett, que irá interpretar obras de Haydn, Dobrinka Tabakova e Debussy.

Para além das apresentações dos Rising Stars, o programa Portas Abertas inclui ainda atividades e oficinas para toda a família, masterclasses com os jovens músicos e exibição de vídeos educativos sobre os instrumentos da Orquestra Gulbenkian e os bastidores do Grande Auditório.

A 6.ª edição do Portas Abertas – Rising Stars, um dia inteiro dedicado à música com os mais promissores músicos europeus num ambiente festivo e informal, será no dia 16 de fevereiro, no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian.
Simon Höfele

Simon Höfele

Com apenas 25 anos, é considerado um dos mais entusiasmantes trompetistas da nova geração. Vencedor de vários prémios, Simon Höfele é também presença assídua nas grandes salas de concertos ao lado de orquestras de renome como a Royal Concertgebouw Orchestra.

A 6.ª edição do Portas Abertas – Rising Stars, um dia inteiro dedicado à música com os mais promissores músicos europeus num ambiente festivo e informal, será no dia 16 de fevereiro, no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian.
Magnus Holmander

Magnus Holmander

O clarinetista sueco revelou-se um músico excecional desde muito cedo e em 2017 confirmou o seu talento ao vencer a mais importante competição de música de câmara na Suécia, a “Ung&Lovande”. O júri destacou “a brilhante técnica e natural presença em palco”.

A 6.ª edição do Portas Abertas – Rising Stars, um dia inteiro dedicado à música com os mais promissores músicos europeus num ambiente festivo e informal, será no dia 16 de fevereiro, no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian.
Noa Widschut

Noa Wildschut

Aos 18 anos, a violonista holandesa já arrecadou vários prémios importantes e com apenas sete estreou-se na sala principal da Concertgebouw de Amesterdão. Desde 2016 que faz parte do exclusivo catálogo da Warner Classics – “um milagre da musicalidade”, diz a crítica holandesa.

Pablo Ferrández

Pablo Ferrández

Vencedor de prémios na XV International Tchaikovsky Competition, V Paulo International Cello Competition e ICMA 2016 “Young Artist of the Year”, Pablo Ferrández é considerado aos 26 anos um dos melhores violoncelistas da atualidade, com uma “técnica esplêndida e profunda musicalidade”.

João Barradas

João Barradas

Notável acordeonista e vencedor dos principais concursos mundiais dedicados ao acordeão, João Barradas já gravou com a prestigiada editora nova-iorquina Inner Circle Music e move-se com brilhantismo tanto na música clássica como no jazz ou na música improvisada.

Goldmund Quartett

Goldmund Quartett

Um agrupamento tão jovem e já com críticas num dos jornais mais prestigiados do mundo, o Washington Post: “conquistaram os corações da plateia logo nos primeiros acordes (…)”. Philharmonie de Paris, Concertgebouw de Amesterdão e Festspielhaus Baden-Baden são algumas das salas que fazem parte do circuito deste quarteto.

“A VOZ LÍRICA” DE ISABEL ALCOBIA NO MUSEU DO ORIENTE

“A Voz Lírica” de Isabel Alcobia, acompanhada pela pianista chinesa Shao Ling, é o próximo concerto do Ciclo Piano Forte organizado pelo Museu do Oriente no dia 25 de Janeiro, sábado, às 19.00.

“A Voz Lírica" de Isabel Alcobia, acompanhada pela pianista chinesa Shao Ling, é o próximo concerto do Ciclo Piano Forte organizado pelo Museu do Oriente no dia 25 de Janeiro, sábado, às 19.00.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“A Voz Lírica: Árias e Canções, abraça o género canção, numa vertente erudita e outra mais popular, e o repertório lírico para o palco, também em duas das suas vertentes: a Ópera e a Zarzuela. Montanha Yi Meng e Caminho da Luz Solar, as duas canções chinesas da abertura, articulam imediatamente a serenidade de uma melodia montanhosa com a velocidade e energia moderna de uma canção urbana, representando um gesto de celebração ao Ano Novo Chinês, que se festeja nessa noite.

“A Voz Lírica" de Isabel Alcobia, acompanhada pela pianista chinesa Shao Ling, é o próximo concerto do Ciclo Piano Forte organizado pelo Museu do Oriente no dia 25 de Janeiro, sábado, às 19.00.
Isabel Alcobia

As canções portuguesas de Francisco Lacerda representam algumas das suas últimas criações no género canção, onde é possível detetar a influência que a música francesa teve na escrita do compositor. Por outro lado, nas obras de Viana da Motta é possível perceber a proximidade ao Lied alemão. Já a obra de Eurico Carrapatoso, composta em finais do século XX, faz neste programa a transição para as canções de carácter mais urbano, pois usa uma linguagem que se aproxima do estilo da modinha luso-brasileira e do Lundum.

A segunda parte do concerto é constituída por repertório concebido para cena, apresentando dois excertos de Zarzuelas, estilo próprio da cultura espanhola no campo da ópera popular ou mais ligeira. Les Filles de Cadix, de Leo Delibes, sendo uma canção, faz neste programa a transição do estilo anterior para a ópera francesa com a Air des bijoux do Fausto de Gounod. O programa termina com um dos mais importantes exemplos da ópera italiana: Verdi.

Com uma intensa actividade solística, Isabel Alcobia já pisou palcos de todo o mundo. A ópera “Amor de Perdição”, a convite do Teatro Nacional São Carlos, com representações em Lisboa e Bruxelas no âmbito da Europália, “Auto Del Lirio y de la Azucena,” de José Peyro no Museu del Prado em Madrid, “Naufrágios e Milagres” de José Alberto Gil, onde interpretou o papel principal, no Centro Cultural de Belém para o Festival dos 100 Dias, são alguns exemplos das suas actuações.

No domínio da ópera, destacam-se ainda as interpretações de Euridice em “Orfeo”, Pamina em “A Flauta Mágica”, Adele em “O Morcego”, Musetta “em La Bohème”, Giannetta em “O Elixir do Amo”, Norina em “D.Pasquale”, Julieta em “Romeu e Julieta”, Gilda em “Rigoletto”, Violeta em “La Traviata” e Isabel em “Floresta” de Eurico Carrapatoso. Em 2019 foi a soprano convidada para actuar no concerto, em Portugal, da tournée de despedida do prestigiado tenor José Carreras.

Shao Ling

Natural da China, Shao Xiao Ling é o prodígio do piano que acompanha a voz de Isabel Alcobia neste recital. Tendo começado o ensino musical aos seis anos de idade, concluiu o Curso Complementar de Piano no Conservatório de Música de Shanghai, em 1992. Veio para Portugal como bolseira da Fundação Oriente onde, em 1997, estudou com os professores Vitali Dotsenko e Álvaro Teixeira Lopes. Trabalhou, igualmente, sob orientação da pianista consagrada Helena Sá e Costa. É professora auxiliar no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro e a sua principal área de ensino centra-se em piano performance e música de câmara. É doutorada em Música pela Universidade de Aveiro (2011), Mestre em Piano Performance pelo Rotterdams Conservatorium (2001) e Licenciada em Ensino da Música pela Universidade de Aveiro (1998). Como concertista, tem apresentado recitais tanto solo como música de câmara e concertos com orquestras nos grandes auditórios e festivais portugueses e, também, em França, Itália e China. É detentora dos prémios nos Concursos de “Cidade de Covilhã”, “Solistas da Juventude Musical Portuguesa”, “Prémios Jovens Músicas da RDP” e “Juventude Musical Portuguesa”.

Os bilhetes podem ser adquiridos aqui, sendo o espetáculo para maiores de 6 anos.

Programa

Montanha Yi Meng | Ruan Ruoshan

Caminho da Luz Solar | Zhang Hongguang

Saudades da minha terra | Francisco Lacerda

Quero cantar ser alegre | Francisco Lacerda

Canção triste | Francisco Lacerda

Amores, amores | Vianna da Motta

Pastoral | Vianna da Motta

Alma minha | João Arroyo

Chorinho do mê filho António | Eurico Carrapatoso

Querem ver essa menina-modinha | Francisco Leal

Esta noite-Lundum | Francisco Leal

Lundú da Marqueza dos Santos | Villa-Lobos

Intervalo

“Cancion de la Paloma” (El Barberillo de Lavapies) |   F.A. Barbieri

“Sierras de Granada” (La Tempranica) | J.Giménez

“Les Filles de Cadix” | Leo Delibes

“Air des bijoux” (Faust) | C. Gounod

“Pace, pace mio Dio” (La Forza del destino) |G. Verdi

 

“A Voz Lírica” de Isabel Alcobia

Árias e Canções

Ciclo Piano Forte

Recital com Isabel Alcobia (canto) e Shao Ling (piano)

25 de Janeiro

Auditório

19.00

Duração: 75’, com intervalo

CONCERTO PRESTA TRIBUTO AOS POETAS QUE INSPIRARAM MÚSICOS

Concerto presta tributo aos poetas que inspiraram músicos, no Teatro Municipal de Matosinhos-Constantino Nery, na próxima sexta-feira, dia 23 de novembro, pelas 21:30. A verdade é que compositores como Claude Debussy, Fernando C. Lapa, Richard Strauss, Alexandre Delgado e António Chagas Rosa, deixaram de uma forma ou de outra inspirar-se pelas palavras de diferentes poetas, construindo peças musicais suscitadas pelos versos, pelo som e pelo silêncio da poesia. As suas composições fazem ainda parte do programa do recital, que juntará no palco do Teatro Municipal de Matosinhos-Constantino Nery o pianista Jaime Mota e a soprano Cláudia Pereira Pinto.

Concebido no exato cruzamento da música com a poesia, o concerto pretende homenagear os poetas que, desde a Idade Média, vêm influenciando e inspirando inúmeros compositores. Numa viagem que vai do século XIX ao ano de 2007, percorrendo a poesia e a tradição musical de três países distintos, Jaime Mota e Cláudia Pereira Pinto interpretam os versos de três poemas de Florbela Espanca (“Vaidade”, “Mistério” e “Desejos Vãos”), tal como foram musicados por António Chagas Rosa, Alexandre Delgado e Fernando C. Lapa, respetivamente.

Resultado também de um CD que o pianista e a cantora gravaram em 2007, totalmente dedicado a composições para poemas de Florbela e editado no âmbito de um projeto patrocinado pela Câmara Municipal de Matosinhos, o recital servirá de aperitivo para a Festa da Poesia, que este ano volta a homenagear a poetisa no dia em que se assinala a data do seu nascimento e da sua morte: 8 de dezembro.

O concerto de Jaime Mota e Cláudia Pereira Pinto abrirá, todavia, com as cinco melodias que Claude Debussy, então jovem, entre 1880 e 1883, compôs para poemas de Paul Bourget. A encerrar o recital ouvir-se-ão “Vier Letzte Lieder”, quatro das últimas canções compostas por Richard Strauss, em 1948, as quais acompanham três poemas de Hermann Hesse e um de Joseph von Eichendorff.

Sendo dois dos mais conceituados intérpretes portugueses, Jaime Mota e Cláudia Pereira Pinto têm desenvolvido uma colaboração musical intensa, apresentando-se regularmente em duo em diversos palcos nacionais.

Entrada: 7,50€

RECITAL COM A VIOLINISTA MARIJA MIHAJLOVIC E A PIANISTA MIRIAM BASTOS

Marija Mihajlovic e Miriam Bastos possuem um sólido trabalho desde 2009 quando formaram o Duo Mihajlovic/Bastos, apresentando recitais em diversas cidades brasileiras, assim como em Belgrado, Roma e Buenos Aires. Em 2011 o Duo apresentou um concerto intitulado Noite da Música Brasileira na Galeria da Academia Sérvia de Artes e Ciências em Belgrado com o apoio da Embaixada do Brasil na Sérvia, que chamou muita a atenção de várias rádios e jornais na Sérvia. Posteriormente, o Duo foi para Itália, onde se apresentou na cidade de Roma dentro da série de concertos A Lume de Candela que acontece na Igreja San Paolo dentro Le Mura. A partir deste trabalho de Duo, sempre pesquisando Música Brasileira e Música Sérvia para esta formação, convidaram o violoncelista Robson Fonseca a integrar o conjunto. Entre as várias apresentações do Trio destaca-se o concerto realizado em 2016 a convite da Academia de Ciências e Artes de Belgrado – Sérvia intitulado “Homenagem a Villa-Lobos”.

Miriam Bastos, Doutora em Música no programa de Pós-graduação da Escola de Música da UFMG, obteve o título de Mestre em Música Brasileira pela UNI-RIO, na linha de pesquisa práticas interpretativas. É Bacharel em Piano pela Escola de Música da UFMG. Integra o corpo docente da Universidade do Estado de Minas Gerais desde 1996, onde atua como professora de piano, música de câmara e oficina de performance. Nesta mesma instituição ocupou o cargo de vice-diretora, coordenadora do Centro de Música Brasileira e atualmente coordena o Centro de Extensão. Realizou diversos cursos de aperfeiçoamento Musical como: IX Semana Internacional de Piano, em Óbidos, Portugal; Curso Internacional de Pescara – Itália; Academia de Piano e música de câmara de Konz – Alemanha 2007 e 2008, Curso de Aperfeiçoamento Musical 2009 em Maenza – Itália. Coordenou a série de concertos “Projeto Segunda Musical” realizado no Teatro da Assembleia Legislativa de Minas Gerais entre 2001 e 2008. Em 2005 idealizou e é diretora artística da série de concertos “Terra Sem Sombra” na cidade de Patos de Minas. Apresenta-se regularmente em concertos, e é frequentemente convidada para fazer parte de bancas em concursos e para organização de produções culturais.

Natural de Belgrado, Sérvia, Marija Mihajlovic iniciou seus estudos no violino nas escolas de música Vladimir Djordjevic e Josip Slavenski com o professor Zoran Ilic. Graduou-se na Faculdade de Música de Belgrado com a professora Fern Raskovic e conquistou o título de Mestre em Artes na mesma instituição. Apresentou-se em Belgrado e em cidades do interior da Sérvia com a pianista russa Natalija Mladenovic. Conquistou vários prémios em competições para jovens músicos nas categorias Solo e Música de Câmara na Sérvia, Montenegro e Itália. Depois de mudar-se para o Brasil, em 2008, integrou o naipe de violinos da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais durante sete anos. Em 2009 formou o Duo Mihajlovic/Bastos com a pianista Miriam Bastos, tendo apresentado vários recitais em Belo Horizonte, Patos de Minas, Brasília, Ilha de Paquetá, Belgrado, Roma e Buenos Aires. No ano de 2015 concluiu mais um mestrado em Performance Musical pela Universidade Federal de Minas Gerais, sob orientação do Prof. Dr. Edson Queiroz. Atualmente, Marija é doutoranda da Universidade Nova/FCSH, membro do CESEM – Grupo de Investigação de Música Contemporânea, e colabora com a Orquestra Geração, com a Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras e com o Conservatório de Música de Cascais.

PROGRAMA 

Edvard Grieg: Sonata para violino e piano nr. 3 em dó-menor
Allegro molto ed appassionato
Allegretto expressivo alla Romanza
Allegro animato

Heitor Villa-Lobos: Sonata-fantasia para violino e piano nr.1, op. 27 “Désespérance”

Francisco Mignone: Valsa da Esquina

José Vieira Brandão: Dança e Serestra

 

Dia 16 de Novembro – 19:00 às 20:00 – Entrada Livre

Local: Museu Nacional da Música – Estação do Metropolitano Alto dos Moinhos – Rua João de Freitas Branco, Lisboa 

 

SCHUBERT E ÓSCAR DA SILVA PARA UM CREPÚSCULO À BEIRA-MAR

Se há horas particularmente bem-aventuradas, numa festa capaz de satisfazer vários sentidos, será esta para ouvir Schubert e Óscar da Silva no final da tarde de sábado, dia 22 de Setembro, às 18:00, com entrada livre. Sobre os rochedos da Boa Nova, à vista da casa de chá que Álvaro Siza ali imaginou, um dos melhores quartetos de cordas da europa preencherá a melancolia do crepúsculo com música de Franz Schubert e Óscar da Silva. Trocando em miúdos, o Quarteto de Cordas de Matosinhos, prémio Rising Stars da Organização Europeia de Salas de Concerto em 2014, atua na recém-recuperada Capela da Boa Nova, em Leça da Palmeira, num recital integrado na temporada de música clássica de Matosinhos.

O programa do concerto abrirá, de resto, com “Ella… Fantasia para quarteto de cordas”, a peça que Óscar da Silva, falecido precisamente em Leça da Palmeira, apresentou pela primeira vez em Buenos Aires, na Argentina, a 17 de maio de 1926, num concerto promovido pela Asociación Wagneriana de Buenos Aires. Em 1930, durante uma digressão por Espanha a que assistiu o presidente Primo de Rivera, a peça havia de ser francamente elogiada pela crítica de Madrid e Barcelona, que lhe apontou, entre outros predicados, o de, “em determinadas passagens, impor ao auditório uma intensa emoção”.

A segunda parte do recital trará o “Quarteto de cordas nº15, em Sol maior, op. post. 161, D.887”, que Franz Schubert compôs cem anos antes, em 1826, numa altura em que se encontrava doente e sem recursos. Derradeiro quarteto de cordas produzido pelo génio austríaco, a peça apenas foi apresentada após a morte de Schubert. Trata-se de uma obra musicalmente densa e poderosa, que explora as relações e os conflitos harmónicos resultantes da oposição e justaposição dos modos maior e menor, a expansão rítmica das funcionalidades tonais, as interrupções musicais bruscas e o fluir bucólico e emocional dos desenhos rítmicos e melódicos empregues.

Composto por Vítor Vieira (1.º violino), Juan Carlos Maggiorani (2.º violino), Jorge Alves (viola) e Marco Pereira (violoncelo), o Quarteto de Cordas de Matosinhos é presença regular na programação das principais salas de espetáculos de Portugal e da Europa. Criado em 2007 por iniciativa da Câmara Municipal de Matosinhos, o agrupamento desenvolve um importante trabalho de preservação da herança musical portuguesa e europeia, realizando também, nos últimos anos, concertos regulares em igrejas e capelas do concelho, assumindo-se como um instrumento fundamental do objetivo de democratizar a fruição cultural em Matosinhos.

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