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CASCATA LECEIRA PARA CONHECER EM LEÇA DA PALMEIRA

As portas da pitoresca Cascata Leceira, abrem-se na na terça-feira, 18 de junho! O Santo António, como diz a canção, está-se a acabar – mas as festas dos santos populares ainda vão no adro. Uma das mais antigas tradições da época, Cascata Leceira, composta por mais de trezentas peças é dada a conhecer pelo Museu da Quinta de Santiago, em Leça da Palmeira. A entrada neste Arraial da Cascata é gratuita.

Para além da possibilidade de visitar a Cascata Leceira, doada há nove anos à Câmara Municipal de Matosinhos, o programa da iniciativa inclui jogos tradicionais, marchas populares nos jardins do museu e a atuação de um rancho folclórico sénior. O arraial decorrerá desde o início da manhã até ao final da tarde, sendo especialmente dirigido ao público escolar, sénior e com necessidades especiais, contando com a colaboração de diversas instituições do concelho. Mas todos são bem-vindos.

Com cerca de 15 metros quadrados, a Cascata Leceira foi concebida pelo artesão José Moreira, que ali retratou, com pormenor, a Leça da Palmeira da sua infância, nos anos 1920/1930, época em que a localidade era uma importante estância de veraneio, frequentada por artistas, pela burguesia portuense e pela comunidade inglesa. As cerca de 300 peças e bonecos presentes nesta obra, diversas com movimento, foram construídas ao longo de décadas.

Cada casa e cada figura da cascata têm uma história e um significado para o seu autor. Nela são reconhecíveis os principais lugares e monumentos da localidade, o rio Leça e as suas seis pontes (destruídas durante as obras de construção do Porto de Leixões), as praias, a Igreja Matriz, o Forte de Nossa Senhora das Neves e o Farol, mas também as vivências e tradições, em parte já perdidas – as romarias de S. João da Boa Nova, do Senhor de Matosinhos (com a feira das louças, as bancas, o Teatro dos Robertos –, as procissões, as artes e os ofícios – a lavoura, a lavadeira, os vendedores, a leiteira, o pescador ou o sapateiro – e as figuras ilustres da terra, como o poeta António Nobre ou o marítimo José Rabumba.

Festas de Lisboa’17 durante todo o mês de junho

As Festas de Lisboa realizam-se de forma oficial desde 1932. Contudo, só em 1934 a Câmara Municipal de Lisboa chamou a si a organização dos tradicionais festejos inspirados nos Santos Populares.

Preservando a tradição popular de Lisboa, com relevo para as Marchas, os Casamentos de Santo António, os Arraiais e o Fado, actualmente as Festas de Lisboa assumem-se também como um evento de referência nas expressões culturais mais contemporâneas. As Festas de Lisboa são hoje um espaço de inovação e renovação da cidade e, principalmente, de interacção entre distintos géneros artísticos e os seus públicos. O seu programa, diversificado e multicultural, já foi várias vezes premiado e distinguido, assinalando o seu papel na promoção turística da cidade de Lisboa e do país.

A EGEAC, com o desafio de pensar as Festas de Lisboa em 2017 no ano em que a cidade é Capital Ibero-americana da Cultura, procurou potenciar cruzamentos e descobertas mútuas, cujos efeitos se façam sentir para além do período delimitado no calendário. Europa, África e América: três continentes separados pelo oceano Atlântico, mas também unidos por ele.

Ao longo dos séculos, já foi temido e já foi amado, mas se há coisa que o Atlântico nunca deixou de ser foi uma presença incontornável na história e na identidade daqueles que são banhados pelas suas águas. Inspirados por esta ideia de travessia oceâ- nica, de aproximação de margens, de territó- rios e de culturas, propomos uma viagem para descobrir e redescobrir os rastos das vivências e imaginários comuns, onde a poesia das palavras ganha outros ritmos.

Atentos à diversidade do universo latino- -americano e das diásporas que residem em Lisboa, a EGEAC apresentou uma programação multidisciplinar e democrática, que potencia as novas centralidades da cidade.

As Festas de Lisboa são para toda a família e arrancaram no primeiro dia do mês de junho com um conjunto de iniciativas pensadas propositadamente para as crianças, em vários locais da cidade. No dia 3 de junho haverá um concerto único da Orquestra Gulbenkian junto ao Tejo, com convidados como Pablo Sáinz Villegas, um dos grandes guitarristas da atualidade, e onde serão revisitadas as obras de Villa-Lobos, Falla e Revueltas, entre outros compositores de referência.

Também o Fado no Castelo não escapa este ano aos ventos quentes vindos da América latina: juntam-se no Castelo de São Jorge grandes nomes do fado com artistas do flamenco, do tango, e do chorinho, em três noites que prometem ser memoráveis.

A não perder: o festival “Soy Loco por ti, América” que irá transformar os jardins do Palácio Pimenta, no Museu de Lisboa, num verdadeiro paraíso tropical. Ao longo de quatro dias, os visitantes são convidados desfrutar de literatura e música oriundos do Perú, Brasil, Cuba e Argentina, na companhia de artistas mundialmente reconhecidos, como é o caso de Susana Baca ou de Chico César.

As Festas de Lisboa não terminam sem antes fazerem do Terreiro do Paço um gigantesco salão de baile, ao melhor estilo latino.

O espetáculo Baila Comigo Lisboa junta os Gipsy Kings aos Los Van Van e desafia todos para um pezinho de dança, numa noite em que será impossível resistir aos ritmos ciganos e cubanos destas duas bandas míticas. As Festas de Lisboa são hoje um espaço de inovação e de renovação da cidade, de interação entre géneros artísticos distintos e os seus públicos, mas orgulhamo-nos também de manter (e, em alguns casos, de recuperar) as tradições definidoras do caráter da cidade, como é o caso das Marchas Populares, dos Casamentos de Santo António, dos Arraiais Populares ou dos Tronos de Santo António. Com mais ou menos “salero”, há Festas para todos os gostos. Em junho, libertem a agenda e venham  celebrar Lisboa.

Consulte o Programa completo (78 páginas) aqui.

Imagem de destaque: Ilustração de Nuno Saraiva

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