Vasco Dantas, um matosinhense que já conquistou mais de 50 prémios em concursos internacionais em diversos países, tendo atuado em 20 países de quatro continentes, encerra o ciclo de piano do programa Música em Matosinhos, com um concerto no sábado, dia 29 de Junho, pelas 19 horas, no Estúdio da Orquestra de Jazz de Matosinhos, com entrada livre.
Um extenso programa comporá o último recital do ciclo de piano, com obras que vão de Maurice Ravel a Adolf Andrey Schulz-Evler, passando por Franz Liszt, Claude Debussy e Luís de Freitas Branco.
O recital de Vasco Dantas abrirá com as obras “Jeux d’eau” (1901) e “Gaspard de la Nuit” (1908), que Maurice Ravel compôs a partir de poemas/fantasias de Louis Bertrand. De Debussy ouvir-se-ão “La Cathedral Engloutie” e “Ce qu’a vu le vent d’Ouest”, peças retiradas dos “Préludes, livre I”, às quais se seguirão os “10 Prelúdios” que Luís de Freitas Branco criou entre os anos de 1914 e 1918, e dedicou a Vianna da Mota.
Da vasta obra do húngaro Franz Liszt, arrojada e revolucionária, Vasco Dantas interpretará as composições “Jeux d’eau à la Villa d’Este”, retirado do III volume dos “Années de Pèlerinage”, a “Ballade Nº2” e “Auf dem Wasser zu singen”. O recital encerrará com a transcrição que, em 1904, o polaco Schulz-Evler fez da valsa “Danúbio Azul”, de Johann Strauss.
Iniciado a 4 de maio, o ciclo de piano do programa Música em Matosinhos, contou com Mário Laginha, Pedro Burmester, Fausto Neves, Luís Pipa e Marta Meneses, que atuaram no Estúdio da Orquestra Jazz de Matosinhos (Avenida Menéres, 456).
A Música em Matosinhos, programa de música erudita da Câmara Municipal de Matosinhos, acontece há mais de uma década e inclui este ano, entre outros, um conjunto de recitais também gratuitos do Quarteto de Cordas de Matosinhos nas igrejas do concelho, com o objetivo de descentralizar e democratizar o acesso e a fruição da música clássica.
Vasco Dantas o galardoado pianista português, apresenta-se a solo no recital de abertura da edição 2017 dos Serões Musicais no Palácio da Pena, que se iniciam no próximo dia 4 de março, interpretando um programa que ilumina várias facetas da obra pianística de Liszt.
Neste concerto inaugural, o premiado pianista luso traz ao Salão Nobre do Palácio um repertório consagrado a um só compositor, Franz Liszt, considerado por Dantas como “um dos mais fantásticos e provavelmente o mais marcante compositor para piano do século XIX”.
Este ciclo é dedicado ao repertório do século Romântico (XIX) e é inspirado nos saraus promovidos por D. Fernando II e pela sua segunda mulher, a condessa d’Edla, no Palácio da Pena. Ao longo do mês de março, o Salão Nobre abre as suas portas ao sábado à noite para receber quatro recitais, que este ano aliam a música a outras expressões artísticas, como a literatura e as artes plásticas.
O primeiro recital contemplará diversas transcrições de Franz Liszt de obras de outros compositores, combinadas com música original da sua autoria incluída na coleção “Anos de Peregrinação”. Entre as obras originais, Vasco Dantas escolheu interpretar “Três Sonetos de Petrarca”: “três maravilhosas peças escritas entre 1837-39, durante uma das suas viagens por Itália, e inspiradas nos sonetos do poeta italiano Francesco Petrarca (1304-74)”, como descreve o pianista português.
Já as restantes obras remetem para geografias bem diferentes: as transcrições para o piano de obras de outros compositores datam na sua maioria do período em que Liszt se fixou em Weimar (Alemanha) e mostram como ele era exímio na arte de passar para o piano obras, como neste recital, originalmente destinadas ao órgão (“Prelúdio e Fuga”, de Bach), ao canto e piano (“Lieder”, de Schubert) e ao canto com orquestra sinfónica (“Tristão e Isolda”, de Wagner). Por seu turno, a pitoresca “Rapsódia Espanhola” foi fruto da digressão que Liszt empreendeu pela Península Ibérica em 1845, tendo estado em Lisboa em janeiro-fevereiro desse ano, dando concertos públicos e recitais privados, incluindo para o rei D. Fernando II, a quem devemos o Palácio da Pena.
O ciclo Serões Musicais no Palácio da Pena é uma iniciativa conjunta da Parques de Sintra e do Centro de Estudos Musicais Setecentistas em Portugal (CEMSP), tendo por diretor artístico o maestro e violetista Massimo Mazzeo. Este ciclo integra a Temporada de Música Erudita da Parques de Sintra, que inclui também os “Reencontros – Memórias musicais de um Palácio”, no Palácio Nacional de Sintra, em junho, e as “Noites de Queluz – Tempestade e Galanterie”, no Palácio Nacional de Queluz, em outubro.
Aos 24 anos, Vasco Dantas é já uma certeza da próxima geração de pianistas portugueses. É licenciado pelo Royal College of Music e obteve o grau de Mestre pela Universidade de Münster, onde estudou com o reputado pedagogo Heribert Koch. Já obteve dezenas de prémios em concursos nacionais e internacionais e nos últimos anos vem estabelecendo uma promissora carreira internacional, apresentando-se quer a solo, quer em música de câmara, quer ainda com orquestra.
Conta já com dois registos discográficos, ambos editados pela KNS Classical: “Promenade”, editado em 2015 e onde os famosos “Quadros de uma Exposição” de Mussorgsky figuram ao lado de obras de Liszt; e “Golden Liszt” (2016), integralmente consagrado a obras de Franz Liszt.